O Ministério Público Estadual denunciou o ex-deputado estadual e ex-comandante-geral da Polícia Militar, coronel José Ivan de Almeida, e o arquiteto Patrick Samuel Georges Issa, por extorsão mediante grave ameaça e agiotagem. Protocolada na segunda-feira (20), a ação penal é a conclusão do inquérito policial em que ele foi preso em flagrante ao fazer ameaças para cobrar dívida para o sobrinho de Fahd Jamil.
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Almeida chegou a ser preso e vem sendo monitorado por meio de tornozeleira eletrônica por causa do suposto crime. De acordo com a investigação, um empresário passou a viver verdadeiro pesadelo após emprestar R$ 80 mil de Issa. Mesmo tendo repassado R$ 250 mil, o empresário e seu sócio passaram a sofrer ameaças para pagar R$ 350 mil.
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O promotor Rogério Augusto Calábria de Araújo, denunciou coronel Ivan pelos crimes de usura (agiotagem) (cobrar juros superiores ao limite legal, com agravante de ser cometida por militar), extorsão (constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica) e posse irregular de arma de fogo de uso permitido. Ele foi flagrado com um revólver calibre 38.
Patrick Samuel Georges Issa, sobrinho de Fahd Jamil, foi denunciado por usura, extorsão e posse irregular de arma. Reginaldo Freitas Rodrigues foi denunciado por usura e extorsão.
O MPE elenca sete fatos contra os acusados. Inicialmente, conforme a denúncia, Patrick emprestou R$ 80 mil para um empresário da Capital, mas passou a exigir R$ 350 mil para quitar o débito.
O arquiteto e o coronel passaram a usar ameaças de violência para cobrar vantagem indevida e juros extorsivos, já que a dívida era de R$ 281 mil. Um amigo do empreiteiro também passou a sofrer ameaças após repassar R$ 45 mil.
O promotor cita as duas vezes em que o coronel “visitou” o empresário para fazer ameaças e força-lo a quitar o débito com o arquiteto. Ele teria ameaçado pendurar a família para garantir a entrega da caminhonete como sinal do pagamento.
A denúncia será analisada pela juíza Eucelia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande.
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