A senadora Simone Tebet (MDB) aparece com 1% na primeira pesquisa realizada pelo Datafolha após a oficialização da sua pré-candidatura à presidência da República pelo MDB. Ela é conhecida por apenas 21% dos brasileiros. De acordo com o instituto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem de 47% a 48% e poderia vencer no primeiro turno se as eleições fossem hoje.
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Realizada entre os dias 13 e 16 deste mês com 3.666 eleitores em 191 municípios, com margem de erro de 2% para mais ou menos, a pesquisa foi divulgada pelo Uol e Folha de São Paulo. Foram simulados dois cenários, um amplo com todos os nomes colocados e outro com os principais candidatos.
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No cenário B, Lula ficou com 47%, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) com 21%, pelo ex-juiz Sergio Moro (Pode) com 9%, pelo ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), com 7%, pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 3%, por Simone e pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) , com 1%.
A senadora de MS teve mais sorte que seu colega de CPI, Alessandro Vieira (Cidadania), que não pontuou e ficou com 0%, mesmo índice do ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo (sem partido), e de Felipe D’Ávila (Novo). 8% dos eleitores manifestaram o desejo de votar branco ou nulo, enquanto 2% não sabem.
Simone não foi incluída no cenário A. Nesta simulação, Lula ficaria com 48%, Bolsonaro com 22%, Moro com 9%, Ciro com 7% e Doria, com 4%. O índice de nulos e branco também seria de 8%.
O presidente é o mais rejeitado, já que 60% afirmaram não votar de jeito nenhum em Bolsonaro. Lula reduziu a rejeição de 38% para 34%, mesmo índice de Doria. Moro tem a aversão de 30% dos eleitores. Ciro é rejeitado por 26%. Pacheco ficou com 17%.
Simone tem a taxa de rejeição mais baixa no Datafolha, de 15%. No entanto, a emedebista é pouco conhecida do eleitorado. Somente 21% afirmaram saber quem é Simone, enquanto o índice dos principais nomes é muito superior: Lula (99%), Bolsonaro (97%), Moro (88%), Ciro (86%) e Doria (77%).
Teoricamente, a emedebista teria mais chance de crescer em relação dos candidatos da terceira via. No entanto, a polarização e cristalização do voto em Lula e Bolsonaro não abre muito espaço para surpresas no cenário eleitoral de 2022.
Os índices nas pesquisas não desanimaram Tebet. A senadora conversou com o deputado Luciano Bivar (PSL), cotado para assumir o comando da União Brasil a ser criado da fusão com o DEM. O partido planejava lançar o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), que acabou desistindo da disputa ao não decolar nas pesquisas.