O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), pode ser candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada pelo ex-ministro da Integração Nacional e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT). De acordo com o jornal O Globo, os dois estão conversando e admitem subir no mesmo palanque nas eleições de 2022.
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Dos seis pré-candidatos a presidente em março, que assinaram uma carta em defesa da democracia e assumiram o compromisso de marchar unidos pela 3ª via, como opção ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apenas os dois permanecem em contato permanente.
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O banqueiro João Amôedo (Novo) desistiu após não conseguir unanimidade próprio partido. O apresentador da TV Globo, Luciano Huck, acabou desistindo temporariamente da política para assumir o lugar de Fausto Silva no Domingão. Sergio Moro (sem partido) mudou-se para os Estados Unidos e chegou a anunciar que não será candidato em 2022.
Os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, articulam para vencer as prévias do PSDB, que ocorre no dia 21 de novembro deste ano. Eles não devem desistir em favor de um terceiro nome mais competitivo após uma guerra para ser o candidato tucano.
Ciro e Mandetta estariam conversando para chegarem juntos em 2022. Ao participar do programa “Ciro Games”, voltado para os jovens, o democrata sinalizou para uma aliança. “Quanto a você dizer que nós vamos ser adversários, isso não está claro. Vai que a gente está junto. Tem muita gente que torce”, afirmou Mandetta, ao ser apresentado como concorrente pelo pedetista.
“Eu acendo uma vela para isso todos os dias, mas eu tenho que respeitar porque você tem um grande partido e uma liderança importante”, respondeu Ciro, conforme o jornal O Globo. O ex-governador deixa nas entrelinhas que pretende ser o cabeça de chapa. O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, não tem deixa dúvida, de que o projeto é contar com Mandetta como candidato a vice.
O presidente nacional do DEM e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, confirmou as conversas, mas não se mostrou muito empolgado. “Ambos sabem que gozam de simpatia em comum, a começar da minha. Não é uma coisa organizada, deliberada. Mas é vista de forma positiva. Não há contraindicação, mas é uma coisa deles”, disse o democrata, que é candidato a governador da Bahia.
Mandetta tem dois desafios dentro do DEM. O primeiro é obter aval da sigla para ser candidato a presidente. O outro concorrente dele é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de Minas Gerais, que ensaia trocar o DEM pelo PSD para ser candidato à sucessão de Bolsonaro.
O ex-ministro ainda precisa aguardar as negociações em torno da fusão do DEM com o PSL. Os dois partidos podem se fundir e se transformar na maior bancada na Câmara dos Deputados, com mais verba partidária e para gastar nas eleições. Apesar de positiva, a fusão pode complicar ainda mais a situação de Mandetta, porque muitos filiados ao PSL seguem fieis ao presidente Bolsonaro.