Protestos dos servidores públicos estaduais e federais miram os deputados federais e os senadores, que vão votar a PEC 32. Em discursos realizados na manhã desta quarta-feira (18), eles enfatizaram que a Reforma Administrativa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acaba com a estabilidade e abre brecha para a terceirização de serviços considerados essenciais, como saúde, educação, segurança e assistência social.
[adrotate group=”3″]
Conforme o presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucílio Nobre, a proposta permite descontinuidade na prestação do serviço público e fragiliza o funcionário público ao não lhe dar segurança contra os governantes. “A Reforma Administrativa criminaliza o servidor”, alertou.
Veja mais:
Sindicatos fazem protesto contra PEC 32, que troca o mérito do concurso por apadrinhamento
Reforma de Bolsonaro desmonta e piora serviço público, alertam sindicalistas
Guedes quer destruir o Estado com reforma administrativa movida a ódio, diz economista
O sindicalista ainda destacou que todas as reformas acabam sendo nocivas para os trabalhadores, porque retiram direitos, como foram a previdenciária e trabalhista. “Pedimos que os deputados e senadores de Mato Grosso do Sul votem contra”, pediu Nobre.
De acordo com o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis), Giancarlo Miranda, as manifestações foram realizadas em vários locais hoje, como o sistema prisional, o Cepol (Centro das delegacias especializadas da Polícia Civil), a Secretaria Estadual de Educação, a Assembleia Legislativa e o Detran (Departamento Estadual de Trânsito).
Os protestos vão continuar com atos no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian e o Fórum da Capital. O evento é organizado pelos sindicatos e pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais.
Miranda antecipa que o grupo vai continuar acompanhando a tramitação da proposta no Congresso Nacional e poderá convocar paralisação nacional contra a reforma administrativa. Os servidores pretendem elevar a pressão porque há um temor na base do Governo de que a PEC 32 prejudique os candidatos à reeleição em 2022.
Os deputados consideram as medidas impopulares e podem adiar a Reforma Administrativa para 2023, apesar da proposta ser prioridade do ministro da Economia, Paulo Guedes.