A Câmara Municipal de Campo Grande deve criar, finalmente, a Comissão Parlamentar de Inquérito para a investigar o péssimo e caro serviço prestado pelo Consórcio Guaicurus em Campo Grande. Dos 29 vereadores, 14 assinaram o requerimento proposto por Marcos Tabosa (PDT), que mira o poderoso grupo do transporte coletivo. Quinze parlamentares, inclusive sete novatos, não se sensibilizaram com as frequentes queixas dos usuários do transporte coletivo.
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“O valor é um absurdo”, destacou Tabosa, ao comparar o valor cobrado pelas quatro empresas de ônibus, R$ 4,20, em relação ao valor praticado em outras capitais. Os moradores de Maceió (AL) pagam R$ 3,35, enquanto em Fortaleza (CE) está em R$ 3,60. Apesar do valor ser um dos maiores do País, a prestação do serviço é considerada ruim e precária pela população.
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De acordo com o vereador, 250 ônibus estão velhos e deveriam ser trocados, mas continuam circulando nas ruas da Capital. Ele ainda destacou que o consórcio quer subsídio do município e alega desequilíbrio econômico na Justiça. Ação na Justiça quer elevar o valor da tarifa porque o cálculo feito pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) não incluiu o ISS, tributo que voltou a ser cobrado.
Veja quem apoia a CPI
Professor André Luiz (Rede) |
Alírio Villasanti (PSL) |
Zé da Farmácia (Pode) |
Pastor Clodoilson Pires (Pode) |
Ronilço Guerreiro (Pode) |
Ayrton Araújo (PT) |
Camila Jara (PT) |
Valdir Gomes (PSD) |
Delei Pinheiro (PSD) |
Tiago Vargas (PSD) |
William Maksoud (PTB) |
Papy (SD) |
Edu Miranda (Patri) |
Marcos Tabosa (PDT) |
A proposta de criação da CPI contou com o apoio de 14 vereadores, sendo quatro reeleitos na última eleição: Valdir Gomes (PSD), Papy (SD), Ayrton Araújo (PT) e William Maksoud (PTB).
A decepção do eleitor ficará com os novatos, que não assinaram o requerimento, como Beto Avelar (PSD), Sandro Benites (Patriotas), Dr. Victor Rocha (PP), Júnior Coringa (PSD), Professor Juari (PSDB), Professor Riverton e Silvio Pitu, ambos do DEM).
Conforme o requerimento, a CPI vai apurar as denúncias sobre a má prestação de serviços ao usuário do transporte coletivo, descumprimento do contrato de concessão e o resultado financeiro do Consórcio Guaicurus.
O Tribunal de Contas do Estado apontou que a empresa não cumpriu 14 itens do contrato de concessão do transporte coletivo firmado em outubro de 2012, final da gestão de Nelsinho Trad (PSD). O conselheiro Waldir Neves chegou a suspender o reajuste, mas acabou recuando após promover reuniões entre os representantes do município e do grupo empresarial.
Conheça os vereadores que não assinaram a CPI do Consórcio Guaicurus
Ademir Santana (PSDB) |
Betinho (Republicanos) |
Carlão (PSB) |
Dr. Jamal Salem (MDB) |
Dr. Loester Nunes (MDB) |
Dr. Sandro Benites (Patri) |
Dr. Victor Rocha (PP) |
Gilmar da Cruz (Republicanos) |
Júnior Coringa (PSD) |
Professor João Rocha (PSDB) |
Professor Juari (PSDB) |
Professor Riverton (DEM) |
Silivio Pitu (DEM) |
Otávio Trad (PSD) |
Beto Ovelar (PSD) |
Conforme denúncia do Ministério Público Estadual do Paraná, a licitação realizada na gestão de Nelsinho foi simulada para manter as empresas da família Constantino explorando o serviço na Capital. Uma empresa de Curitiba teria sido convidada para simular concorrência.
O promotor Marcos Alex Vera de Oliveira ingressou com ação na Justiça para pedir o cancelamento do contrato de concessão. O processo tramita na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.
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