A realização de blitz de trânsito causou guerra de vídeos entre dois vereadores novatos em Campo Grande. O ex-policial civil Tiago Vargas (PSD) criticou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) pela fiscalização, que deveria multar menos em decorrência da descapitalização dos trabalhadores por causa da grave crise causada pela pandemia da covid-19. Já Alírio Villasanti (PSL) defendeu o trabalho do Batalhão de Trânsito como fundamental para reduzir o número de acidentes de trânsito na Capital.
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A polêmica começou na sexta-feira (2) com a publicação de vídeo por Vargas. Ao acompanhar a blitz da PM às 9h, em vídeo postado nas redes sociais, ele diz que a fiscalização prejudica a população. “A culpa não é do policial, que faz o trabalho dele. Quem manda fazer blitz é o governador Reinaldo Azambuja”, começa o parlamentar, retomando a polêmica rixa com o tucano, que o levou a fama e a demissão do cargo de policial civil em julho do ano passado.
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“Quem faz blitz às 9h da manhã quer pegar bandido ou quer pegar dinheiro do trabalhador brasileiro? Estamos passando por uma crise mundial”, exalta o vereador, apontado para a fiscalização em uma avenida da Capital.
“Temos que ter um pouco empatia”, reclamou. Em seguida, Vargas faz um apelo dizendo que os trabalhadores só não estão pagando porque não possuem condições. Em seguida, ele conclui atacando Reinaldo, mas sem mencionar as denúncias de propinas da JBS.
Comandante do Batalhão de Trânsito por quatro anos, Alírio saiu em defesa da realização da blitz. Ele destacou que a Capital criou o Gabinete de Gestão Institucional de Segurança no Trânsito com o objetivo de adotar medidas para reduzir a violência e conseguiu reduzir quase pela metade as mortes no trânsito, de 132 para 70 por ano.
O vereador pede que Vargas respeite o Batalhão de Trânsito. Conforme Villasanti, as ações, que incluem a fiscalização, conseguiram reduzir o tamanho da tragédia no trânsito. Ele citou ainda que 70% das vítimas de acidentes de trânsito atendidas na Santa Casa são motociclistas.
Para o coronel Alírio, a blitz ajuda a garantir maior segurança à população com a apreensão de armas e drogas. “Não traga a sua desavença com o governador para dentro da caserna, respeite a Polícia Militar”, pediu o militar.
Vargas disse que estranhou a reação do coronel porque não houve crítica ao trabalho da Polícia Militar ou do trabalho do Batalhão de Trânsito. Ele insinuou que o colega de legislativo estaria interessado em aparecer.
A polêmica deve marcar a semana na Capital.