O Ministério Público Estadual deu parecer favorável à quebra do sigilo telefônico do ex-deputado estadual e ex-comandante da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, coronel José Ivan de Almeida. Ele é investigado pelo Garras (Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) por extorquir empresários para cobrar dívida do arquiteto Patrick Samuel Georges Issa, 43, sobrinho de Fahd Jamil.
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Almeida foi preso em flagrante após ameaçar pendurar empresário, a esposa e a filha para forçar o pagamento ou dar uma caminhonete como parte da dívida. O caso ocorreu no dia 26 de maio deste ano. Também foram presos Issa e o policial civil aposentado Reginaldo Freitas Rodrigues. Eles acabaram soltos por determinação do juiz plantonista F. V. Andrade Neto durante audiência de custódia.
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O delegado Fábio Peró, do Garras, avalia que é a quebra do sigilo é fundamental para reforçar a suspeita de que o coronel fez ameaças e tentou extorquir os empresários no início do mês. O parecer do promotor Rogério Augusto Calábria de Araújo é favorável ao pedido da Polícia Civil.
“Assim, por se tratar de medida necessária para melhor apuração do crime de extorsão, o MPE, por seu representante, entende ser pertinente o presente pedido, de modo que opina pelo deferimento do AFASTAMENTO DO SIGILO DE DADOS TELEFÔNICOS, a fim de que a Autoridade Policial representante tenha acesso integral aos conteúdos existentes nos telefones apreendidos”, justificou.
Rodrigues pediu o fim do monitoramento eletrônico. No entanto, o MPE manifestou-se contra a retirada da tornozeleira eletrônica do policial civil.
No depoimento, Coronel Ivan, como é conhecido, usou a prerrogativa constitucional de ficar em silêncio. Ele também passou a ser monitorado por meio de tornozeleira eletrônica.
A decisão sobre a quebra de sigilo será analisada pela juíza Eucelia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande.