Quatro dos oito deputados federais de Mato Grosso do Sul – Bia Cavassa e Beto Pereira, do PSDB, Dr. Luiz Ovando e Loester Trutis, do PSL – aprovaram a MP (Medida Provisória) da privatização da Eletrobras, inclusive com os “jabutis”. Especialistas estimam que a proposta repassa R$ 84 bilhões para o consumidor final, ou seja, vai acabar sendo calculado na tarifa de energia elétrica.
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Três deputados foram contra, sendo que Fábio Trad (PSD) votou não, e dois, Dagoberto Nogueira (PDT) e Vander Loubet (PT), obstruíram a votação. Rose Modesto (PSDB), apesar da importância da medida na vida do brasileiro, ausentou-se. Em maio, Professora Rose, como é conhecida, tinha votado a favor.
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Conforme a Câmara dos Deputados, 258 votaram a favor, 136 foram contra e 53 participaram da obstrução. Apenas dois se abstiveram ou estavam ausentes. Agora, o projeto segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
De acordo com a Abrace (Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres), as propostas da Câmara e do Senado vão ter impacto de R$ 56 bilhões apenas com a construção de térmicas a gás natural. Outros R$ 10 bilhões serão provenientes de políticas regionais incluídas na MP e mais R$ 18 bilhões em impostos.
A aprovação do projeto é uma grande vitória de Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, que preveem faturar R$ 25 bilhões com a venda das ações da empresa na Bolsa de Valores.
O relator da MP na Câmara, Elmar Nascimento, e senador Marcos Rogério (DEM), de Rondônia, negam que os “jabutis” vão elevar o custo final da conta de luz para os consumidores.
No Senado, a privatização teve os votos dos senadores Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (PSL). Simone Tebet (MDB) votou contra e alegou o risco de deixar a conta de luz mais cara.