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    Opinião

    Em artigo, filosofo fala sobre os ratos que ocupam a política e impõem sacrifício ao povo

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt29/05/20218 Mins Read
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    No artigo “Cultura da ratacine”, o jornalista e filósofo Mário Pinheiro analisa os “ratos” na política brasileira, que acabam se aproveitando do discurso e dos meios ao alcance para chegar ao poder, mas diante de sacrifício e sofrimento ao povo brasileiro. Em tom bastante áspero, ele defende a educação e a cultura para detectar mentiras em grupos de aplicativos como estratégia para acabar com a manipulação.

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    “A outra espécie de rato é bípede, ela mente, rouba, usa o outro, odeia leitura, arte, história, mostra-se capaz de iludir e, sobretudo, de odiar”, afirma. “Ela está pronta para atacar a minoria. Michel Foucault salienta que a arte de pensar não faz parte de quem planifica e este tipo de rato só pensa em si”, ressalta.

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    “O mundo dos homens é mesmo uma incógnita. Ele é o pior animal de todos, atira por prazer no elefante, envenena a cobra, os rios, põe fogo na floresta, joga inseticida da pior espécie para fazer o grão crescer mais rápido, mata a terra, o índio e quem lá estiver, depois posa como o rei do progresso”, pontua.

    “O próprio ministro do Meio Ambiente é um mau exemplo de ser humano roedor, ele permite, segundo técnicos do Ibama, que a madeira da Amazônia saia ilegalmente da floresta”, diz, sobre o escândalo envolvendo Ricardo Salles.

    “Continuar a alimentar essa rataiada sem nenhuma reflexão, sem agir, sem militância, é rasgar a esperança de viver melhor; é fingir que a vida está ótima e deixar a ratanice continuar sua perversidade”, conclui.

    Confira o artigo na íntegra:

    “Cultura da ratanice

    Mário Pinheiro, de Paris, na França

    Ratos existem há tempos e por toda parte. A má reputação deles vem desde a antiguidade, estão citados por Homero, na Illíada, e também nas fábulas de Jean de la Fontaine. A Enciclopédia dos Iluministas, escrita por Denis Diderot, define este animal como doméstico, capaz de enfrentar o mais feroz dos gatos. Eles foram capazes de sobreviver aos piores venenos, de criar anticorpos, de se espalhar pelo mundo de maneira rápida e estranha.

    Mas esses mamíferos não odeiam, apenas procuram roer e se procriar nas mais diferentes situações. A outra espécie de rato é bípede, ela mente, rouba, usa o outro, odeia leitura, arte, história, mostra-se capaz de iludir e, sobretudo, de odiar. A dialética da razão, de Horkheimer e Adorno, nos diz que “o ódio feroz por tudo que é diferente, é inerente a esta mentalidade, é indissociável”. Ela está pronta para atacar a minoria. Michel Foucault salienta que a arte de pensar não faz parte de quem planifica e este tipo de rato só pensa em si.

    No reino animal é até normal ver a águia descer numa velocidade a mais de 100 quilômetro por hora para caçar um coelho; notar a serpente que hipnotiza o sapo e o passarinho. O rato, às vezes, torna-se comida, mas hoje até o gato tem medo dele. Se o hábito não faz o monge e a barba não faz o filósofo, o mau-caratismo pode tornar o homem num rato.

    O mundo dos homens é mesmo uma incógnita. Ele é o pior animal de todos, atira por prazer no elefante, envenena a cobra, os rios, põe fogo na floresta, joga inseticida da pior espécie para fazer o grão crescer mais rápido, mata a terra, o índio e quem lá estiver, depois posa como o rei do progresso.

    O próprio ministro do Meio Ambiente é um mau exemplo de ser humano roedor, ele permite, segundo técnicos do Ibama, que a madeira da Amazônia saia ilegalmente da floresta. Mas ele não é o único O Governo federal está infestado desses animais que violam os direitos humanos, veem Jesus na goiabeira e nadam em asneiras.

    Este tipo de rato é nefasto, eles comem documentos, agem em grupos, em bandos, filiam-se em partido político de direita, dizem-se abertos a tudo mas são adeptos da tortura, adoram uma guerra civil, as armas, são fascistas, homofóbicos, perseguem os negros pobres, mandam a polícia invadir favelas e distribuir chumbo, infiltram-se nas mais diversas igrejas e ocupam as tribunas de qualquer recinto público.

    E quando ele vira político, a coisa fica pior, aprende a cultura da ratanice. Isso não seria nada, mas quando a família toda aprende a roer o poder público com vereador, prefeito, deputado, senador e até presidente, o povo que se cuide porque vai virar caça. A cada quatro anos eles aparecem em busca de votos, prometem repartir o queijo sem jamais oferecer a faca para cortar, ficam com o excedente, compram fazendas, posam de tecnocratas, democratas, quando na verdade não deixaram de ser ratos especialistas em ratunar.

    Eles estão no Brasil desde a chegada dos portugueses. É a direita maligna, isto quer dizer que sempre sugaram o sangue e o suor dos pobres. Mas o problema é que estes pobres votam nestes mesmos ratos e a última eleição brasileira é exemplo. O último ratão eleito presidente é tão perverso que leva vantagem em tudo por ter sido um grande atleta, tão corajoso a ponto de andar armado até dentro de casa e mesmo deitado no sofá.    

    No bojo desta ratanice, não de queijos ou de farinha, mas de rachadinhas, acertos, mutretas, armas, conluio, armação com igrejas e o Ministério Público, a família de ratões e ratazanas aumenta. O bando de ratos se prolifera, escolhe sua agremiação política. Os ratos se disseram convertidos e convenceram a glória de evangélicos e católicos a curtirem o discurso de uma arma em cada mesa no lugar do pão, do sorriso de seus filhos.

    Desta forma a ratazana instituiu genocídio sem dar um tostão para comprar vacina quando a Pfizer se ofereceu, em outubro de 2020. É um boquirroto babento, que, no meio da descredibilidade do sistema democrático, impôs-se como resposta e esperança, mas diga-se, sem programa nenhum, apenas se apoiando na insatisfação do povo e no apoio de outros ratos.

    Os ratões mais espertos se aproveitam das situações de descontentamento social e político para dar o bote, como se fosse serpente, utilizando todas as armas possíveis, como os canais de comunicação expostas com preço na bolsa que roda sobre os dedos e o sorriso maroto, tal uma prostituta de esquina. A prostituta tem mais dignidade que o gênero roedor. Os ratos ganharam vida após as eleições e agora estão por todo canto. São eles que oficializaram o apoio a Benito Mussolini, a Francisco Franco e Adolf Hitler que estabeleceram a peste europeia. A peste de Albert Camus é real, ela nomeia os ratos do autoritarismo presente também nas forças armadas.

    Para os culpados da leptospirose e da pulga parasita que o animalzinho carrega, ratoeira e veneno, mas aos que roem os cofres públicos e dão vida a corrupção em nome da luta contra ela, prisão. E a proliferação da rataiada no Brasil é endêmica, ela invade território indígena, contrata jagunços, paga a polícia, o cartório, o juiz, mata os resistentes, come o queijo da classe trabalhadora, é prepotente, compra canais de televisão evangélico e prega, prega que é preciso tomar cuidado com a ratoeira.

    A espécie quadrúpede vive nos esgotos e esconderijos podres, a bípede senta em poltronas macias, recebe seus R$ 89 mil obscuros vindo de um tal de Queiroz, assim, caído do céu, aumenta o próprio salário acima do teto, sai de moto pela cidade, destrói a educação, o meio ambiente, deixa a boiada passar. Essa rataiada precisa reencontrar o caminho do esgoto de onde saíram. Vamos ajudá-los.

    E o caminho para evitar uma tal proliferação gratuita desses ratos é preciso deixar de assistir programas nocivos de televisão, sensacionalistas, filtrar as mensagens falsas enviadas em massa por grupos de WhastApp e tentar reeducar o cidadão, como diria Bertold Brecht, dizer que o analfabeto político faz mal a si mesmo por ignorar o aumento diário de produtos que os ratos de gravata exercem em todas as casas de lei.

    Continuar a alimentar essa rataiada sem nenhuma reflexão, sem agir, sem militância, é rasgar a esperança de viver melhor; é fingir que a vida está ótima e deixar a ratanice continuar sua perversidade.”

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris.

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