O pneumologista Ronaldo Perches Queiroz alerta que o tratamento adequado na segunda fase da covid-19, a partir do 6º dia de sintomas, pode evitar o agravamento do quadro, com consequente internação na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e morte do paciente. Em vídeo publicado nas redes sociais, o médico recomenda antibióticos, anticoagulantes e corticoide.
[adrotate group=”3″]
Em meio ao triste recorde do Brasil ter superado a marca de 400 mil mortes pela doença, com mais de 14,5 milhões de casos confirmados, as orientações do especialista podem garantir um pouco de tranquilidade aos brasileiros. Em Mato Grosso do Sul, boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde contabiliza 247,2 mil casos e 5.686 mortes pela covid-19.
Veja mais:
Marquinhos antecipa feriados e fecha tudo na Capital por uma semana para conter pandemia
Com aval da Justiça e protestos de lojistas, Estado fecha parcialmente para conter covid
Maioria apoia lockdown para combater a pandemia da covid-19 na Capital, diz pesquisa
A pandemia segue fora de controle, com 1.073 pacientes internados no Estado, sendo 547 em leitos de UTI. Em decorrência da ocupação de 96% dos leitos intensivistas, a Capital continua com medidas restritivas para evitar a propagação do coronavírus, como o toque de recolher das 21h às 5h.
Conforme Queiroz, o desenvolvimento da covid-19 possui três fases. A primeira etapa é marcada por sintomas semelhantes a gripe, com dores no corpo, de garganta e de cabeça; tosse seca e febre. Nesta fase, o médico recomenda o tratamento ou acolhimento precoce, com a ingestão de remédios sugeridos pelo médico do SUS (Sistema Único de Saúde) do convênio ou particular.
O pneumologista frisou que a segunda fase, que vai do 6º ao 12º, 13º dia, é a inflamatória e quando o vírus atinge os pulmões. “É a fase gravíssima”, alertou, porque o paciente enfrenta o risco de pneumonia, infecção e trombose. Na sua avaliação, o médico não pode sugerir que o doente só retorne no caso de agravamento do quadro.
“É aí que a doença começa”, avisou. Na sua opinião, o paciente deve voltar ao médico no 6º dia de sintomas e pedir a realização de exames de sangue para avaliar o nível da taxa de infecção, do Dímero D para avaliar o risco de trombose e de tomografia torácica para avaliar o comprometimento dos pulmões.
Ronaldo Queiroz alertou que se esperar o agravamento do quadro, o doente chegará ao hospital com 80% dos pulmões comprometidos e irá direto para a UTI. Com a medicação específica, como corticoide, antibiótico e anticoagulante a partir do 6º dia, o paciente com covid-19 pode evitar o risco de ser entubado.
Com o tratamento adequado em casa, conforme o médico, a pessoa pode evitar de se tornar mais uma triste estatística no Brasil, onde a pandemia segue fora de controle. Na sua avaliação, as UTIs estão cheias por falta de tratamento correto contra a doença.
Confira o vídeo com as recomendações do médico Ronaldo Perches Queiroz
Ex-diretor do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian na gestão de André Puccinelli (MDB), Queiroz defende cursos de capacitação para os médicos para reduzir a taxa de internação em UTI e de mortalidade da covid-19.
No Facebook do médico, onde ele é seguido por 22 mil pessoas, uma advogada contou a experiência de ser submetida ao tratamento sugerido. Em postagem feita em março, ela contou que estava com 30% do pulmão comprometido, quando passou a ser submetida ao tratamento do pneumologista. “Graças ao bom Deus e ao brilhantismo e competência desse médico estou na curva de melhora. Dr. Ronaldo está me curando em casa”, comentou.
O tratamento da covid-19 continua envolto em polêmicas, porque não há remédio nem consenso sobre o tratamento ideal. Por enquanto, as melhores formas de prevenção continuam sendo a vacina, uso de máscara, distanciamento social e álcool gel.