A senadora Simone Tebet (MDB) é a única representante de Mato Grosso do Sul que assinou o requerimento para criar a CPI da Covid-19 no Senado. A investigação para apurar falhas do Governo de Jair Bolsonaro (sem partido) no combate à pandemia teve 30 assinaturas, mas a instalação depende do presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM).
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Os senadores Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (PSL) são contra a abertura da CPI no atual momento da pandemia, com mais de 300 mil mortes e batendo recordes diários no Brasil.
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“Não teremos vacinas suficientes e a tempo para acabar com essa carnificina. Não temos leitos, não temos UTI, não temos oxigênio, não temos insumo, não temos medicamentos para intubar os nossos pacientes. Está faltando caixão. Só não pode faltar ação, sensibilidade do Congresso Nacional”, ressaltou a emedebista, que passou a adotar um discurso mais contundente em relação ao Governo.
Ciente da gravidade da situação, já que vem recebendo relatos da linha de frente de hospitais sobre o grande número de pessoas intubadas e a falta de insumos e medicamentos, Soraya lamentou que algumas pessoas neguem a gravidade da covid-19.
“Eu rogo ao nosso presidente Jair Bolsonaro. Estamos aqui à disposição para ajudar. O Parlamento só tem ajudado. Nós temos votado com rapidez. Nós somos muitos e nós estamos todos — direita, esquerda, centro — unidos por um ideal, que é tirar, conseguir resgatar os brasileiros que estão com o pé na cova”, afirmou a senadora, conforme a Agência Senado.
“Estamos cumprindo com obstinação nosso papel no Congresso Nacional no enfrentamento à Covid-19. Ainda assim, se o Congresso entender que devemos investigar essa questão instalando uma CPI da Covid-19, defendo que governadores e prefeitos sejam chamados para serem ouvidos, uma vez que eles são os ordenadores de despesa, ou seja, são os responsáveis diretos pelos gastos”, defendeu Soraya, de acordo com o Correio do Estado.
Nelsinho Trad também não assinou a CPI da Covid. “Nesse caso, o questionamento é muito genérico e amplo, ou seja, não existe algo específico e isso é um caminho tortuoso a ser percorrido. Hoje, o País precisa de união, para que possamos agilizar a imunização do nosso povo, articulando um processo de compra das vacinas. Uma CPI não faz a vacina chegar no braço de ninguém, muito pelo contrário, pode polarizar o debate, dificultando ainda mais o diálogo entre os entes federativos”, justificou-se o senador.
“Falta ao Ministério da Saúde uma tomada de posição mais clara e tomar à frente das ações de combate à pandemia. No entanto, o que vemos hoje é que cada ente federativo tem tomado suas estratégias de combate à pandemia”, afirmou Nelsinho.
Um dos principais problemas no Brasil ainda é a vacinação contra a covid-19. A maioria absoluta das doses aplicadas foi garantida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, que produziu em parceria com a China.