A primeira pesquisa sobre a sucessão presidencial em Mato Grosso do Sul mostra Jair Bolsonaro (sem partido) na liderança com folga, acima de 30%, apesar do aumento dos preços dos combustíveis e da pandemia da covid-19. O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), não é unanimidade na sua terra natal e ainda é superado pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
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Feita entre os dias 20 e 26 de fevereiro deste ano com 1,7 mil eleitores em 20 cidades pelo Instituto Ranking, a pesquisa mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fica em 2º lugar, mas com apenas um dígito. Os demais candidatos não superam 5% e levam um baile do atual presidente da República.
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Na espontânea, conforme a sondagem visando as eleições presidenciais de 2022, Bolsonaro foi citado por 17,59%, contra 3,41% de Lula, seguido por Doria, 2,88%, Mandetta, 2,12%, e o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro (sem partido), com 1,79%, e do ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PDT), com 1,65%.
No primeiro cenário, Bolsonaro surge com 30,18%, contra 7,12% de Lula. Doria obteve 5,06%, contra 4,12% de Mandetta, 3% de Moro e 2,88% de Ciro. O apresentador de TV Luciano Huck, apesar de bater ponto todo sábado na TV Globo, não empolgou o eleitorado sul-mato-grossense e foi citado por apenas 2,35%.
A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), continua encolhida politicamente, já que teria apenas 1,21% dos votos. O ex-candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), surge com 1%, contra 0,94% do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
Na simulação sem Lula, Bolsonaro chega a 31,06%, contra 5,41% Doria e 4,29% de Mandetta. Moro é citado por 3,88%, seguido por Ciro (3,12%), do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), com 3,06%, e 2,18% de Huck.
Os números são péssimos para Mandetta. O primeiro passo para se viabilizar como candidato a presidente da República é ter um bom índice na sua base eleitoral, como ocorreu com Ciro Gomes no Ceará, Geraldo Alckmin em São Paulo, e Aécio Neves em Minas Gerais.
O ex-ministro da Saúde fica com 4%, contra até 31% de Bolsonaro, e atrás de Doria, que é paulista e também é outro desafeto do presidente da República. Mandetta perde até para Lula (7,12% a 4,12%) e empate tecnicamente com Moro (4,29% a 3,88%). A margem de erro do levantamento é de 2,5% para mais ou menos.
A pesquisa é uma ótima notícia para Bolsonaro, que continua liderando com folga em Mato Grosso do Sul, a terra do agronegócio. A marca do presidente no levantamento ocorre no momento em que a Petrobras vem elevando de forma sistemática o preço dos combustíveis. A gasolina subiu 41,3% apenas nos primeiros dois meses deste ano. Também houve aumento do diesel e do gás de cozinha.
O presidente também vem sendo duramente atacado pelas falhas na política de combate à covid-19, que vem batendo recordes diários de mortes e internações. Pela primeira vez, a vacinação brasileira não é exemplo para o mundo no caso da covid-19.
Apesar de todos os percalços e bombardeio, Bolsonaro lidera com folga no Estado, na faixa de 30% a 31%, enquanto os adversários não passam de 10%.