O governo indiano não vai atender prontamente a demanda brasileira por doses da vacina contra a covid-19 porque vai priorizar o próprio plano de imunização antes de exportar imunizantes. Havia expectativa por parte do governo brasileiro de comprar 2 milhões de doses da vacina produzida pelo Serum Institute of India para iniciar a imunização na próxima semana.
[adrotate group=”3″]
Um avião da companhia aérea Azul aguardava ordem para decolar do aeroporto de Guararapes, no Recife, para transportar o produto.
Veja mais:
Boletim Covid – O Jacaré: oxigênio da Venezuela pode socorrer doentes em Manaus
Pazuello diz ao STF que MS não tem seringas para campanha contra covid-19; Estado nega
Boletim Covid-19 – O Jacaré: Marquinhos pede ao Butantan a vacina contra o coronavírus
Embora tenha anunciado que traria as doses para o Brasil, o Ministério da Saúde não havia recebido resposta sobre o pronto atendimento às necessidades brasileiras, conforme a imprensa indiana. Em artigo publicado no dia 14 de janeiro, o jornal Standard Business celebrava as tratativas entre os dois governos, mas apontava que o CEO do Serum Institute, Adar Poonawalla, adiantara no início de janeiro que o fornecimento de vacinas para a comunidade internacional só ocorreria a partir de março.
Em uma coletiva de imprensa ocorrida um dia antes, o chanceler indiano Subrahmanyam Jaishankar revelou que a discussão sobre exportações de vacinas ainda seriam agendadas. A índia é colocada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como uma das principais fornecedoras da iniciativa Covax, que prevê a entrega de imunizantes contra a covid-19 para os países de economias mais frágeis.
Ministério da Saúde quer entrega imediata da Coronavac, desenvolvida pelo Butantan
A requisição ocorreu por meio de ofício encaminhado para o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, na tarde desta sexta-feira, segundo avançou o UOL. O governo de São Paulo vai recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para evitar a medida que garante a vacinação para o estado. O objetivo do Ministério da Saúde é gerir e distribuir a vacina, produzida em conjunto entre o Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac. O uso emergencial do imunizante depende de aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Ocupação de leitos de UTI em MS preocupa diante do cenário nacional
A ocupação dos leitos para tratamento de alta complexidade destinado aos pacientes de covid-19 em Mato Grosso do Sul é preocupante diante do cenário nacional. Os dados foram destacados pela CNN, que verificou taxa de ocupação de 92% entre os leitos de UTI do Estado, uma das maiores do País. O boletim apresentado hoje pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) aponta que há 599 pessoas internadas devido às complicações da covid-19, dessas 291 recebem tratamento em UTI’s.
Paraguai aprova uso emergencial da vacina russa Sputnik V
O governo paraguaio vai utilizar a vacina russa para imunizar a população contra a covid-19. A possibilidade foi confirmada pelo ministro da saúde Júlio Mazzoleni, que apontou haver confiança no imunizante, já utilizado pela Argentina. As autoridades sanitárias paraguaias também negociam com fornecedores da Pfizer e Moderna e esperam o fornecimento de doses pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Fazemos o boletim covid-19 porque:
Em dezembro de 2019, as autoridades chinesas informaram a OMS (Organização mundial de Saúde) sobre o surto de uma nova doença, que foi nomeada posteriormente de covid-19. Em 11 de março, a OMS anunciou que as infecções atingiam proporções epidêmicas. Os dados sobre casos e mortes são fornecidos pela Universidade Johns Hopkins, mas podem não representar a totalidade por conta da subnotificação registrada em muitos países, como o Brasil, que mudou a sistemática de divulgação dos indicadores relativos à covid-19.
Quer ajudar a fazer o boletim covid-19 do Jacaré? Mande sua dúvida que vamos responder
Há muitas dúvidas sobre a pandemia e vamos buscar respostas oficiais para os leitores de O Jacaré. Para participar basta mandar uma mensagem para o e-mail: sandraluz.ojacare@gmail.com que vamos buscar os canais competentes para oferecer a resposta. As perguntas podem ser enviadas até a manhã de quinta-feira. Alertamos que não serão consideradas ofensas aos nossos colaboradores e jornalistas. Ameaças serão devidamente reportadas às autoridades.