Famoso pelas recomendações para a população ficar em casa, repetidas diariamente e a exaustão quando era ministro da Saúde, o médico Luiz Henrique Mandetta (DEM) foi à praia no litoral de São Paulo e enfrentou a fúria da internet. Seguidores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), desafeto do ex-ministro, não perdoaram e bombardearam o campo-grandense, chamado de hipócrita.
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O flagrante expõe a contradição do ex-ministro da Saúde justamente quando a pandemia da covid-19 atinge novo pico, ao bater recorde de casos novos e mortes no Brasil. Até abril do ano passado, ele repetia que a melhor forma de conter o coronavírus era a população ficar em casa e só sair para atividades extremamente necessárias.
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“Brasileiros fiquem em casa, percam seu emprego, a praga chinesa covid-19 é mortal, fiquem em casa, até sentir falta de ar, depois procurem um hospital, respeitem o Lockdown, o terrorismo psicológico praticado pelo Mandetta foi inacreditável, vejam onde foi pego o Mutreta na praia”, postou Willy Salinas.
“Força a todos os guerreiros do fique em casa, coerência acima de tudo”, tuitou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente. Ele ainda lembrou que outros famosos, defensores das medidas de prevenção pregadas por Mandetta, como o apresentador Luciano Huck (sem partido) e sua mulher, Angélica, também foram flagrados pedalando na praia.
“Fique em casa que o Mandetta tem que ir na praia. Bolsonaro sempre teve razão”, afirmou João Joaquim Vasco. “Mandetta na praia, tranquilo. Povo trancado em casa”, postou Nelson Carvalho.
“Esse na praia é o Mandetta mesmo? Estranho. Será que fecharam o bar da sinuca? Vamos aguardar a confirmação científica do noticiário científico”, ironizou Leandro Takano, lembrando outra foto polêmica do ex-ministro, quando foi flagrado sem máscara com o filho em um bar de sinuca em Campo Grande.
Não é a primeira vez que Mandetta é flagrado não colocando em prática o que tanto pregou no Ministério da Saúde. Na despedida da pasta em abril, logo após ser demitido por Bolsonaro, ele apareceu em confraternização com os funcionários, sem máscaras e trocando abraços.
As recomendações diárias contra a covid-19 alçaram Mandetta à fama nacional. Ele repetia diariamente que a população deveria usar máscara, adotar o distanciamento social e ficar em casa para evitar a propagação da covid-19.
Ele chegou a prever mais de 150 mil mortes pela doença. No entanto, a pandemia já causou 204 mil mortes e contabiliza mais de 8,1 milhões de contaminados no Brasil. Nos últimos dias, a segunda onda vem causando mais mortes e levando mais gente aos hospitais do que na época em que os alertas eram feitos pelo ex-ministro.
Mandetta acaba sendo cobrado porque repete um costume comum na classe política brasileira, de não seguir as próprias recomendações.