O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou que há expectativa de que o Ministério da Saúde coordene a imunização contra a covid-19 por meio do PNI (Plano Nacional de Imunização), mas se isto não ocorrer, a compra por Mato Grosso do Sul será feita de qualquer maneira. Ele cogita comprar 700 mil doses para garantir a imunização dos grupos de risco, como idosos com mais de 70 anos, índios, professores e profissionais de saúde.
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“Se o ministério não fizer a coordenação ou não aceitar a paternidade de alguma vacina que possa ser aprovada, não tenha dúvida que vamos adquirir para Mato Grosso do Sul. Vamos comprar e disponibilizar para o Plano de Vacinação, que deveria ser organizado pelo Ministério da Saúde”, afirmou Azambuja, de acordo com a assessoria de imprensa do governo.
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Para o governador, não importa quem seja o fabricante da vacina, vai haver esforço e já há dinheiro para comprar o produto. “Vamos fazer todo o esforço para trazer a vacina, não importa de onde venha, essa questão de paternidade aí, se vem da China, é bem-vinda em Mato Grosso do Sul e nós queremos disponibilizar. Temos recursos disponíveis para comprar, o Governo do Estado está reservando. Já conversei com São Paulo, com o João Dória e a equipe do Butantan da (sic) possibilidade”.
Azambuja e outros governadores estiveram reunidos nesta terça-feira com o ministro da Saúde Eduardo Pazuello para tratar sobre a imunização contra a covid-19. No encontro, o ministro afirmou que há possibilidade de aprovar um produto para o Brasil em fevereiro, dado que preocupa os gestores diante do aumento de casos da doença no País.
Maranhão entra com ação no Supremo para garantir aos Estados vacinas já aprovadas por EUA e Europa
A ação, ajuizada pelo governador Flávio Dino (PC do B) tem como objetivo garantir aos estados brasileiros o acesso aos produtos previamente aprovados por agências sanitárias dos Estados Unidos, da União Europeia, do Japão e da China. Assim, mesmo que o governo federal rejeite qualquer um dos produtos, a experiência dos países e do bloco europeu seriam a salvaguarda para que os governos estaduais comprem os produtos.
No Brasil, a aprovação é de responsabilidade da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que ainda não deu aval para nenhuma vacina, embora já tenha iniciado fiscalização em fábricas chinesas que têm acordo com o Governo de São Paulo. Embora haja a ação no STF (Supremo Tribunal Federal), a legislação já permitia aos estados a compra de vacinas contra a covid-19 aprovadas previamente pelas agências sanitárias dos países e do bloco citados.
Pfizer garante a congressistas possibilidade de vacinação de brasileiros
“Alguns milhões” de brasileiros poderiam ser vacinados ainda no primeiro trimestre de 2021, garantiu o presidente-executivo da Pfizer Brasil, Carlos Murillo, em reunião com um grupo de congressistas nesta terça-feira. Para que essa possibilidade seja transformada em um ato concreto, será preciso autorizar o uso emergencial da vacina, explicou Murillo. O principal entrave logístico para a conservação da vacina seria resolvido por meio do emprego de gelo seco, explicou o executivo. A vacina necessita ser conservada em temperaturas extremamente baixas (- 70ºC), problema lógico diante do clima brasileiro. Com o emprego do gelo seco, explicou o executivo, o Brasil poderia comprar 70 milhões de doses se acertar a compra ainda nesta semana.
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Idosos e trabalhadores de saúde foram os primeiros a receber o imunizante produzido pela Pfizer BioNTech. O trabalho começou em hospitais selecionados e será ampliado nas próximas semanas. O desafio, agora, será a logística, considerando que o imunizante precisa ser armazenado em temperaturas baixas, sem haver exceção para o transporte. Além de treinar pessoal, o governo britânico também precisa garantir a segurança das doses, para evitar roubos do produto, avançou a Europol. Outro desafio será a manutenção das campanhas de distanciamento físico, porque a vacina deve ser aplicada em duas doses para garantir a eficácia esperada. Ou seja, após tomar a vacina é preciso esperar a segunda dose e, depois dessa etapa, o tempo necessário para o corpo produzir os anticorpos contra o Sars-CoV-2. Além de ingleses, russos e chineses também começaram a ser imunizados contra a covid-19.
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Em dezembro de 2019, as autoridades de chinesas de informaram a OMS (Organização mundial de Saúde) sobre o surto de uma nova doença, que foi nomeada posteriormente de covid-19. Em 11 de março, a OMS anunciou que as infecções atingiam proporções epidêmicas. Os dados sobre casos e mortes são fornecidos pela Universidade Johns Hopkins, mas podem não representar a totalidade por conta da subnotificação registrada em muitos países, como o Brasil, que mudou a sistemática de divulgação dos indicadores relativos à covid-19.
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