Como apenas o salário não sobe, pesquisa de preços pode ajudar o campo-grandense a economizar até 234% na compra de produtos da cesta básica, que dispararam nos supermercados. Nos últimos três meses, alimentos essenciais, como arroz, farinha, óleo e feijão, ficaram até 30% mais caros na Capital, conforme pesquisa do Procon/MS.
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Em Campo Grande, o pacote de arroz de cinco quilos pode ser encontrado a R$ 35,90, o dobro do valor praticado no início do ano. Para desalento do sul-mato-grossense, o impacto do aumento da carga tributária, proposta pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e aprovado pelos deputados estaduais em novembro de 2019, salgou ainda mais o preço dos produtos, que vão desde a gasolina até a carne vermelha. O quilo dos cortes nobres já supera R$ 50.
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Para orientar o consumidor, o Procon pesquisou 171 produtos considerados de primeira necessidade em 19 supermercados e atacadistas da Capital. Conforme o levantamento divulgado nesta segunda-feira (23), a maior diferença, de 234%, foi encontrada no preço do molho de tomate Quero de 350g, que custa R$ 1,19 no Extra e R$ 3,98 no Big Four.
A variação chega a ser expressiva até em produtos básicos, como arroz. O pacote de cinco quilos da marca São João tem diferença de 41,62%, oscilando entre R$ 25,35 no Assaí e R$ 35,90 no Supermercado Santo Antônio. A marca mais em conta é o Tio Lautério, cujo pacote apresentou diferença de 21,01%, entre R$ 21,89 no Supermercado Pires e R$ 26,49 no Santo Antônio.
A farinha de trigo Sol tem variação de 44,64%, custando entre R$ 3,45 no Assaí e Fort Atacadista e R$ 4,99 no Extra. O macarrão Delícia 500 gr custa R$ 5,25 no Assaí e R$ 9,35 no Pires, diferença de 78,5%.
O leite integral Italac teve variação de 32,52%, custando entre R$ 3,69 no Assaí e R$ 4,89 no Gauchão. Já o café Almofada 3 Corações 500gr tem diferença de 47,64%, sendo encontrado a R$ 7,85 no Assaí e R$ 11,59 no Extra. Coincidentemente, os dois estabelecimentos são do mesmo grupo.
Nos últimos três meses, o óleo de soja acumula majoração de 30%. Conforme o Procon, o produto tem variação de 7,67%, custando entre R$ 6,79 no Atacadão e R$ 7,99 na Central Atacadista. Também ficou mais caro o arroz (30%), o feijão (22,78%) e o café (12%).
A economia pode chegar a 186,38% na compra de um maço de 10 caixas de fósforo da marca Fiat Luz, que varia entre R$ 2,79 no Assaí e Atacadão e R$ 7,99 no Extra.
A pesquisa poderá ajudar o consumidor a economizar, já que o salário dos servidores públicos estaduais não tem reajuste há dois anos. Também ficaram sem reajuste os servidores municipais e federais.
O preço dos alimentos continua subindo apesar das medidas anunciadas no início de setembro deste ano pelo Governo federal. Na ocasião, o valor máximo do pacote de arroz na Capital custava R$ 25. No entanto, a redução das tarifas de exportação não surtiu efeito e o produto já pode ser encontrado a R$ 35.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não gostou de ser questionado por um eleitor na saída do Palácio do Alvorada. Na oportunidade, ele mandou o cidadão comprar arroz da Venezuela.
A pesquisa de preços do Procon pode ser acessada aqui.
A variação médias dos preços entre agosto e novembro pode ser acessada clicando aqui.