A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (12), a Operação Tracker”, que apura o atentando contra o deputado federal Loester Trutis (PSL). Como os mandados foram determinados pelo Supremo Tribunal Federal, o próprio parlamentar pode ser um dos alvos dos 10 mandados de busca e apreensão.
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Conforme a assessoria da PF, os mandados estão sendo cumpridos em Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. “O nome da Operação Policial faz referência ao intenso trabalho investigativo realizado pela Polícia Federal em busca de provas para a completa elucidação dos fatos e identificação e dos autores”, informou.
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A operação conta com 50 policiais federais. O atentado contra Trutis ocorreu no dia 16 de fevereiro deste ano. Conforme a versão do parlamentar, ele estava indo para Sidrolândia, quando teria sido alvo de nove tiros de submetralhadora. No entanto, ele revidou com pistola 380 e saiu ileso da ocorrência.
Uma das suspeitas investigadas pela PF é de que o parlamentar simulou o atentado. No entanto, como o caso tramita em sigilo no Supremo, não é possível saber mais informações sobre a investigação.
Logo após o suposto atentado, Trutis discursou na Câmara dos Deputados e insinuou ter sido vítima de organização criminosa. “Os leigos e engraçadinhos ‘esquecem’ que no MS o crime organizado sempre teve participação na política. Cigarreiros, traficantes e líderes de esquadrões da morte se tornaram vereadores, deputados, e quase fizeram até um governador”, acusou.
“Todo mundo sabe do que estou falando, mas ninguém toca no assunto. Esses políticos, com a ajuda do crime organizado, colocam milhões de reais na imprensa local, que por isso também não é confiável. Igualmente, ninguém tem coragem de dizer isso! Então, antes de fazer uma piada ou dizer que foi uma simulação, lembre-se que esse grupo está em todas as esferas do poder há mais de 30 anos, e em 2018 eu quebrei esse ciclo ficando com uma das vagas de deputado federal”, bradou.
“E pior, não me deixei intimidar pelos políticos que tem ligação com esses grupos! Agora um ‘consórcio’ de inimigos se une para acabar comigo”, disse.
Agora, a PF vai às ruas para elucidar de vez o atentado e acabar com a dúvida: o parlamentar simulou um atentado ou vítima de adversários.