A reta final da campanha eleitoral em Campo Grande será marcada pela divulgação de sete pesquisas eleitorais e pelo provável julgamento do Tribunal Regional Eleitoral da candidatura do Promotor Harfouche (Avante). Sem o tradicional debate de encerramento da TV Morena, a disputa chega na semana decisiva com 13 candidatos na luta para levar a disputa para o segundo turno, enquanto o prefeito Marquinhos Trad (PSD) trabalha para ser reeleito no próximo domingo (15).
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Sem moral diante da população, os institutos de pesquisa vão se arriscar novamente a prever o resultado das urnas. A última desmoralização ocorreu nos Estados Unidos: Joe Biden, do Partido Democrata, levou um suador para vencer o presidente Donald Trump, do Partido Republicado, apesar das pesquisas preverem uma vitória tranquila. Em 2018, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) foi para o segundo turno, apesar da previsão de vitória avassaladora no primeiro.
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Até o momento, todos os institutos preveem a vitória de Marquinhos no primeiro turno. O Itop, do TopMídiaNews chega a estimar 67% dos votos válidos. O eleitor poderá anotar as pesquisas para tirar as provas dos noves. Três levantamentos estão previstos para quarta-feira (11), conforme o TRE.
O Correio do Estado deve divulgar a sondagem do IPR, que vai ouvir 650 eleitores. A TV Morena prevê o Ibope no mesmo dia (602 entrevistas). O Instituto Ranking vai divulgar duas pesquisas antes do primeiro turno. O primeiro será na quarta, com 1,4 mil eleitores. O segundo está previsto para sábado (14).
Na sexta-feira (13) estão previstas as pesquisas do Datamax, do Midiamax (mil entrevistas), e do Itop, do TopMídiaNews (1,2 mil eleitores). O Ibrape voltou a registrar a pesquisa para divulgar na sexta, mas o instituto não tornou público nenhuma das sondagens registradas.
Outro fator que será decisivo para a eleição é o julgamento do procurador de Justiça Sérgio Harfouche. Ele teve a candidatura indeferida pelo juiz Roberto Ferreira Filho, da 053ª Zona Eleitoral. O magistrado acatou pedido da coligação de Marquinhos e do Partido Progressistas, de Esacheu Nascimento, de que ele só poderia ser candidato se pedisse afastamento definitivo do cargo no Ministério Público, como determina a Constituição.
O candidato alega que tem direito adquirido, porque ingressou no MPE em 1992, antes da mudança na Constituição, ocorrida em 2004. Esse entendimento já lhe garantiu a candidatura a senador em 2018 pelo TRE.
O julgamento do recurso deve ser pautado esta semana pelo juiz eleitoral Juliano Tannus, relator do processo. A corte eleitoral sul-mato-grossense tem sido ágil nos julgamentos e sempre concluiu os julgamentos de todos os processos antes da eleição.
No entanto, o desfecho deverá ficar para o Tribunal Superior Eleitoral. Harfouche não só vai constar da urna, como poderá ser votado. Ele tem enfatizado que vai para o segundo turno e os seus votos não serão anulados. O adversário, Vinicius Siqueira (PSL) tem alertado para o risco de os votos serem anulados e facilitar a vitória de Marquinhos no primeiro turno.
Aliás, 13 candidatos tentam conquistar o eleitor nesta semana e adiar o desfecho da eleição na Capital para o dia 29 de novembro. Nesta guerra, eles precisam garantir o segundo turno e ainda brigar entre si para passar a etapa seguinte.
De acordo com a maioria dos institutos, a briga está entre Harfouche, Pedro Kemp (PT) e Siqueira. O Ranking aponta que Dagoberto Nogueira (PDT) e Márcio Fernandes (MDB) possuem mais chances. A delegada Sidnéia Tobias (Pode) corre por fora e Marcelo Miglioli (SD) torce por um milagre.
A última vez que a Capital elegeu o prefeito no primeiro turno foi Nelsinho Trad (PSD), irmão de Marquinhos, em 2008. Na época no MDB, de André Puccinelli, ele foi reeleito com 71,41% dos votos, e só tinha quatro adversários, sendo três nanicos e o petista Pedro Teruel, que teve 23,43%.
Em 2012, Alcides Bernal (Progressistas) surpreendeu ao ir para o segundo turno com Edson Giroto (MDB). Em 2016, Marquinhos foi para a etapa complementar contra a deputada federal Rose Modesto (PSDB).
A eleição no domingo será das 7h às 17h. O eleitor deverá ir de máscara, manter o distanciamento social e levar própria caneta, como parte das ações para evitar a propagação do coronavírus.