Nesta quinta-feira (15), a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Cornucópia, que apura o desvio de R$ 60,608 milhões na Prefeitura Municipal de Corumbá, a 424 quilômetros da Capital. É a segunda ofensiva federal contra corrupção no município em uma semana.
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Na terça-feira passada (6), policiais federais foram às ruas na Operação Offset, que apura esquema de desvio de dinheiro público e fraude em licitações envolvendo dois assessores municipais e Márcio Aguilar Iunes, irmão do prefeito Marcelo Iunes (PSDB), que é candidato à reeleição. Nesta história, uma gráfica da Capital prestaria todo tipo de serviço. O valor desviado não foi divulgado.
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Hoje, a PF cumpre sete mandados de busca e apreensão, sendo seis em Corumbá e um em Campo Grande. De acordo com a corporação, os integrantes da organização criminosa elevavam de maneira ilegal a folha de pagamento dos servidores municipais de Corumbá para ampliar a margem para empréstimos consignados. O dinheiro era sacado e repassado aos criminosos.
A primeira fase da Operação Cornucópia ocorreu em 14 de novembro de 2013. Na época, os policiais estimaram o prejuízo aos cofres públicos em R$ 5 milhões. As irregularidades teriam ocorrido entre 2008 e 2013, período em que o prefeito era Ruiter Cunha de Oliveira (PSDB). Na ocasião, servidores municipais foram presos.
Com base no material recolhido há cinco anos, a PF definiu o tamanho do rombo na Operação Cornucópia II e concluiu que é 12 vezes superior ao previsto inicialmente.
Segundo a assessoria da superintendência, na primeira fase, os líderes da organização criminosa foram indiciados. Além do sequestro dos bens para ressarcir o erário, a nova fase investiga o envolvimento de 101 servidores com o esquema de desvio de dinheiro público.
Os integrantes do grupo investigado vão ser indiciados pelos crimes de peculato e organização criminosa. O termo Cornucópia é símbolo de abundância na mitologia grega e faz alusão à riqueza dos envolvidos.