A VCA Produções pediu o sequestro da herança do senador Nelsinho Trad (PSD). Além disso, a empresa pediu o bloqueio de metade do dinheiro depositado nas contas e da participação da ex-mulher dele, a ex-deputada Antonieta Amorim (MDB). Os novos pedidos fazem parte do esforço para receber pelo serviço prestado na campanha a governador do peessedista em 2014, quando ele ficou em terceiro lugar e contraiu a dívida milionária.
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Desde 27 de março de 2017, a produtora cobra a promissória de R$ 1,250 milhão na Justiça. No entanto, apesar do juiz Wilson Leite Corrêa, da 5ª Vara Cível, ter determinado o pagamento, a VCA não consegue receber a conta. O débito atualizado é de R$ 3.487.898,23, conforme planilha anexada ao processo no dia 29 de setembro deste ano.
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O Tribunal de Justiça mandou o parlamentar repassar 30% do valor pago pela Unimed para quitar a dívida. No entanto, como o valor é insuficiente, a VCA Produções pediu o repasse de 30% do salário de senador da República (R$ 33.763). Este pedido ainda não foi analisado pela Justiça.
Em agosto, o TJMS criou a 2ª Vara de Execução de Títulos Extrajudicial para julgar ações de cobrança de nota promissória. Então, o processo envolvendo o político foi encaminhado para a 2ª Vara de Execuções de Título Extrajudicial, comandada pelo juiz Cássio Roberto dos Santos.
Ele que vai analisar o novo pedido feito pela assessoria jurídica da produtora. O advogado Gustavo Romanowski Pereira pede o repasse integral da herança deixada pelo ex-deputado federal Nelson Trad, pai do ex-prefeito da Capital. Nelsinho teria direito a R$ 162,5 mil.
Como o valor não será suficiente, a VCA afirmou, na petição, que o senador estaria ocultando parte do seu patrimônio em nome de Antonieta. Apesar do casal estar separado há cerca de 10 anos, o pedido cita a ex-deputada como “esposa de Nelsinho”.
Pereira pede o bloqueio de metade da participação de Antonieta na Agropecuária Areias, que ela tem com as sobrinhas Ana Paula Amorim Dolzan, Ana Lúcia Amorim e Renata Amorim, e da cunhada, Tereza Cristina Cortada Pedrossian Amorim. No caso da emedebista, ela tem R$ 2,4 milhões em quotas na agropecuária, que seria dona das fazendas Areias e São Bento.
Gustavo Romanowski Pereira pede o bloqueio de metade, que seria de R$ 1,2 milhão, que pertenceriam a Nelsinho. No caso, a agropecuária teria três meses para apresentar balanço especial e providenciar o depósito da parte do senador em conta judicial.
A VCA pede ainda o bloqueio do dinheiro encontrado nas contas de Antonieta Amorim até o valor restante para completar o pagamento da dívida de R$ 3,487 milhões.
A dívida já é três vezes maior que o valor da promissória assinada pelo senador em 2014. Na época, então no MDB, Nelsinho foi candidato a governador e tinha o apoio de André Puccinelli (MDB). Ele alega que a dívida deveria ser paga pelo partido. No entanto, a Justiça reconheceu que o senador deve quitar o débito.
Nos últimos três anos, para forçar o ex-prefeito da Capital a pagar a conta, o juiz até determinou a inscrição do seu nome nos serviços de proteção ao crédito, como SPC e Serasa. No entanto, a decisão não teve efeito prático nenhum, porque a conta ainda não foi paga.
Nelsinho alega que está com os bens bloqueados. Ele teve R$ 101,5 milhões bloqueados apenas na ação que o acusa de ter recebido R$ 50 milhões em propinas para beneficiar a Solurb na licitação do lixo. Além disso, há ações de improbidade por supostos desvios na operação tapa-buracos, entre outras.
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