A Justiça determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 7 milhões do juiz Aldo Ferreira da Silva, afastado por suspeita de corrupção da 5ª Vara de Família e Sucessões de Campo Grande. Em ação por improbidade administrativa, ele é acusado de usar informações privilegiadas e usar o cargo para obter benefícios.
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O bloqueio foi determinado pelo juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos. A informação foi divulgada pelo Campo Grande News e confirmada pelo O Jacaré.
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A defesa de Silva Júnior recorreu contra o sequestro no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. O relator do recurso é o desembargador Julizar Barbosa Trindade. Apesar do processo envolver dinheiro público e interesse da sociedade, a ação tramita em sigilo tanto em primeiro quanto em segunda instância.
Na área criminal, o juiz é alvo de três ações penais, que tramitam também em sigilo no TJMS. O relator é o desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques. O pedido de suspeição do magistrado está nas mãos do presidente da corte, desembargador Paschoal Carmello Leandro.
Em uma denúncia, que inclui 16 pessoas, o juiz foi denunciado pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Em outro, o magistrado foi denunciado por ocultação de patrimônio, conforme as petições apresentados pelo então procurador-geral de Justiça, Paulo Cezar dos Passos.
Em um dos casos, Aldo Ferreira da Silva Júnior é acusado de ganhar uma propriedade de 102 hectares em Anhanduí, distrito de Campo Grande, para acabar com um impasse em inventário que durava 21 anos. Os herdeiros tinham até perdido a esperança de ver o problema solucionado.
Em outro caso, o magistrado recebeu R$ 3,8 milhões para intermediar acordo para garantir o pagamento de R$ 14,5 milhões em créditos. O valor incluiu repasse de mais de R$ 1 milhão em dinheiro vivo, dois apartamentos no Centro da Capital e mais uma propriedade rural.
Na primeira ação de improbidade contra Aldo, o promotor Marcos Alex Vera de Oliveira pediu o bloqueio de R$ 7,3 milhões. O pedido é analisado pelo juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.
Neste caso, o magistrado, a esposa, advogada Emmanuelle Alves Ferreira da Silva, e dois empresários teriam usado precatório inexistente para tirar R$ 1,319 milhão dos cofres estaduais. O MPE pede a devolução do valor corrigido, que seria de R$ 1,847 milhão, e o pagamento de multa civil de três vezes o valor, R$ 5,543 milhões.
O advogado de defesa, André Borges, foi procurado para falar sobre o assunto, mas ele não foi encontrado nem retornou às ligações.