Em meia à maior crise econômica causada pela pandemia do coronavírus, três dos oito deputados federais de Mato Grosso do Sul votaram a favor da emenda que deverá livrar igrejas do pagamento de R$ 1 bilhão em dívidas com a Receita Federal. Rose Modesto (PSDB), Loester Trutis e Dr. Luiz Ovando, ambos do PSL, ajudaram a aprovar a proposta, que agora segue para sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
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A proposta foi incluída em outro projeto de lei pelo deputado federal David Soares (DEM), de São Paulo, filho do missionário Romildo Ribeiro Soares, conhecido como R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus. A denominação religiosa lidera o ranking de dívidas com o fisco, conforme os jornais divulgaram em dezembro passado, quando o débito somava R$ 127 milhões.
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A emenda foi aprovada por 345 votos a favor, 125 contrários e duas abstenções no dia 15 de julho deste ano. De Mato Grosso do Sul, votaram contra os deputados Beto Pereira e Bia Cavassa, do PSDB, Dagoberto Nogueira (PDT), Fábio Trad (PSD) e Vander Loubet (PT).
De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, a emenda prevê perdão de aproximadamente R$ 1 bilhão em dívidas das igrejas com a Receita Federal. O valor se refere a contribuições previdenciárias e outros tributos.
Em levantamento divulgado no ano passado, depois da igreja de R.R. Soares, o segunda maior devedora é a Igreja Mundial do Poder de Deus, do apóstolo Valdomiro Santiago. Em terceiro está a Sociedade Vicednte Pallotti, católica, com R$ 61 milhões, seguida pela Renascer em Cristo, com R$ 36 milhões.
A emenda obteve o aval do Senado e Bolsonaro tem até o dia 11 para sancionar.