O Progressistas oficializou, em convenção realizada na tarde desta terça-feira (8), chapa pura na disputa da Prefeitura de Campo Grande. Promotor de justiça aposentado e advogado, Esacheu Nascimento, 67 anos, vai usar a gestão da Santa Casa de Campo Grande, maior hospital do Centro-Oeste, como “vitrine” da campanha. Ele promete tirar a Capital do marasmo econômico.
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O candidato a vice-prefeito será o empresário Vinício Leite, 54 anos, famoso pelo movimento “Energia Cara Não”. O partido tenta retornar ao comando do município após quatro anos. Alcides Bernal teve a gestão marcada por polêmicas e turbulência. A buraqueira nas ruas da cidade marcou o final da gestão, que custou a reeleição de Bernal.
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Mais experiente, Esacheu não pretende focar apenas na saúde. Ele diz que é candidato pela necessidade de dar sua contribuição para a transformação de Campo Grande, que constatou estar abandonada ao percorrer mais de 300 bairros na fase de pré-campanha. “É preciso recuperar a economia da cidade”, defendeu.
O candidato propõe a criação do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico para alavancar as empresas na área urbana e rural. Ele estima que mais de 100 mil trabalhadores, que representa em torno de 20% da força de trabalho, estão desempregados.
O progressista não considera limitado o orçamento de R$ 4,3 bilhões, previsto para 2021, e o acha suficiente para implementar as medidas necessárias para as mudanças. “Vamos animar os investidores para investir aqui”, explicou, ressaltando que pretende atrair empresas que estariam investindo em outros estados, como Mato Grosso, Goiás e Tocantins.
“A primeira prioridade será usar bem o orçamento da saúde”, destacou, sobre o valor previsto de R$ 1,3 bilhão para o próximo ano. Na sua avaliação, a má aplicação do dinheiro seria a principal causa de a população não ser bem atendida nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).
Esacheu promete repetir o modelo adotado na Santa Casa, marcado por déficits nas finanças, apesar do repasse milionário do SUS (Sistema Único de Saúde). Conforme o próprio candidato, durante o seu mandato, a dívida do hospital passou de R$ 168 milhões para R$ 190 milhões. No entanto, ele ressaltou que o montante não compromete as finanças e responsabilizou os bancos, como a Caixa Econômica Federal, que estariam cobrando juros de 22% ao ano.
Outra proposta para a Capital é ampliar a base da economia, principalmente, agregando valor à produção local. No caso do couro, ele pretende atrair indústrias do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e da Argentina para que venham produzir sapatos e vestuário na Capital. No caso do leite, ele pretende incrementar a produção de iogurte, muçarela, requeijão para reverter a queda na produção.
Natural do Paraná, Esacheu Cipriano Nascimento está em Mato Grosso do Sul há 40 anos. Ele foi presidente do MDB, secretário estadual de Justiça e Segurança Pública na gestão de Marcelo Miranda (1989-90) e foi ministro interino da Integração Nacional na gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Ele foi presidente do Operário Futebol Clube, um dos mais tradicionais da Capital, e do Rotary Clube. Na Santa Casa, uma das maiores realizações foi a conclusão do Hospital do Trauma, obra iniciada em 1996 como Maternidade e transformada para atender vítimas de acidentes de trânsito.
O candidato a vice-prefeito também é natural do Paraná. Venício Leite está em Campo Grande desde 1985 e atua como empresário do setor de transporte.
Até o momento, já foram lançados outros dois candidatos a prefeito da Capital. O PDT confirmou o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), que terá a pedetista Kelly Costa como candidata a vice-prefeita.
O Novo confirmou o empresário Guto Scarpanti como candidato a prefeito e a auditora estadual Priscila Afonso como candidata a vice-prefeita. As convenções devem ser realizadas até a próxima quarta-feira (16).