A 20 dias do início da campanha eleitoral, Marquinhos Trad (PSD) tem 53,08% das intenções de voto na primeira sondagem feita pelo instituto Ranking Comunicação e Pesquisa com os 17 pré-candidatos a prefeito de Campo Grande. Poupado pela oposição e no cenário mais atípico da história por causa da pandemia, o prefeito tem o dobro das intenções de votos dos adversários, que somam 26,75%.
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Registrada com o número MS-01292/2020 na Justiça Eleitoral, a pesquisa ouviu 1,2 mil eleitores de 1º a 4 deste mês, com margem de confiança de 95% e erro de 2,85% para mais ou para menos. O leitor deve considerar que pesquisa não ganha eleição e retrata o momento. Na última eleição para o Governo do Estado, praticamente todos os institutos erraram.
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Na pesquisa estimulada, com os 17 pré-candidatos a prefeito, Marquinhos tem 53,08% dos votos. Os números dão musculatura para ele impor o candidato a vice na chapa. Conforme as conversas de bastidores, a favorita é a atual vice-prefeita, Adriane Lopes (Patri), de repetir a dobradinha.
Adversário de Marquinhos no segundo turno em 2016, o PSDB vem pressionando para indicar o presidente da Câmara, João Rocha, como candidato a vice-prefeito. Devido à resistência de Marquinhos, os tucanos ameaçam lançar candidato próprio. A deputada Rose Modesto (PSDB) enviou o recado ao postar foto ao lado de Rocha nas redes sociais.
O instituto aponta o deputado estadual Márcio Fernandes (MDB) em segundo lugar, com 6,5%, seguido pelo deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), com 4,25%, e pelo procurador de Justiça, Sérgio Harfouche (Avante), com 3%. O emedebista aposta na popularidade do padrinho, o ex-governador André Puccinelli (MDB), para crescer e chegar ao segundo turno.
O pedetista disputa a prefeitura pela segunda vez. Na primeira, em 2004, ele ficou em terceiro lugar. Harfouche aposta no bom desempenho obtido na votação para o Senado, quando ficou em primeiro lugar em Campo Grande, mas ainda não despontou no eleitorado.
Pedro Kemp (PT) obteve 2,42%, seguido pelo ex-secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli (SD), com 2,17%, e da surpresa, Cris Duarte (PSOL), com 2,08%. Ela surge na frente de Marcelo Bluma (PV), com 1,08%, e do vereador Vinícius Siqueira (PSL), com 0,92%.
Na campanha mais atípica da histórica, marcada pelo distanciamento social por causa da pandemia, a eleição ainda não contagiou a população. De acordo com o Ranking, 20,17% dos eleitores estão indecisos, vão anular ou não responderam ao questionário. Ou seja, um quarto do eleitorado não definiu por nenhum candidato.
Na espontânea, Marquinhos fica com 35,42%, de acordo com o instituto. Rose (4,5%), André (4,25%), o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), com 3,33%, e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), com 2,25%, são citados em seguida, mas não pretendem disputar as eleições deste ano. A única exceção é a tucana, que é coringa no caso do PSDB não emplacar o vice de Marquinhos.
Dagoberto é o mais rejeitado, citado por 18,83%. Na primeira disputa majoritária, Kemp surge em segundo, com 9,48%, índice puxado, principalmente, pela antipatia de parte do eleitorado com o PT. Bluma fica em terceiro, com 8,42%, seguido por Vinicius, com 7,5%, e Marquinhos Trad, com 6,08%.
O cenário hipotético, já que os candidatos serão definidos nas convenções a serem realizadas até o dia 16 deste mês. Somente o Novo e o PDT já realizaram as convenções.
O Novo confirmou a indicação do empresário Guto Scarpanti. O PDT confirmou Dagoberto Nogueira como candidato a prefeito. A maior parte dos partidos vai confirmar o nome no último dia.