Cada candidato a prefeito de Campo Grande poderá gastar R$ 7,609 milhões na campanha deste ano, conforme determinação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O limite supera o total gasto na campanha de 2016 por 15 concorrentes, que somou R$ 7,382 milhões, inclusive com o valor do segundo turno.
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Apesar do Brasil enfrentar a pandemia da covid-19, a maior em mais de 100 anos, e da campanha ser realizada com limitações, a Justiça Eleitoral elevou o teto dos gastos da campanha para prefeito da Capital em 13,9%, de R$ 6,679 milhões para R$ 7,609 milhões.
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Caso seja necessário segundo turno, o limite terá acréscimo de 22,6%, de R$ 8,683 milhões para R$ 10,653 milhões. O montante previsto pelo TSE para a etapa suplementar é de R$ 3,043 milhões, apesar da campanha deste ano ser mais curta, de apenas duas semanas, metade do período em outras disputas.
Em 2016, Marquinhos Trad (PSD) e Rose Modesto (PSDB) disputaram dois turnos. A tucana declarou a maior despesa, R$ 3,729 milhões. O valor representa menos da metade do previsto para as eleições deste ano, de R$ 7,6 milhões. O atual prefeito declarou gasto de R$ 1,954 milhão.
Na época, Bernal disputava a reeleição e informou custo ainda menor da campanha, de R$ 537,2 mil. O progressista perdeu por menos de 3 mil votos a vaga no segundo turno. Há quatro anos, três candidatos – Rosana Santos (PSOL), Arce (PCO) e Elizeu Amarilha (PSDC) – declararam não ter desembolsado nenhum centavo na disputa pela prefeitura.
Como será de praxe, o eleitor poderá levar um susto ao ver a declaração de gasto dos candidatos a prefeito nas eleições deste ano, já que a maioria deverá prever o teto, R$ 7,6 milhões.
No entanto, considerando-se o atual contexto da disputa, com a eleição focada nas redes sociais e nos aplicativos e as limitações impostas pela pandemia, como isolamento e distanciamento social, os candidatos deverão gastar ainda menos.
Em 2016, por exemplo, Alex do PT gastou apenas R$ 129,6 mil, conforme o Tribunal Regional Eleitoral. Marcelo Bluma (PV) informou campanha de R$ 141, 9 mil. O ex-deputado estadual Lauro Davi (PROS) disse ter gasto menos ainda, R$ 10,1 mil, na mesma faixa do ex-deputado federal Pedro Pedrossian Filho (PMB), que declarou R$ 10,8 mil.
Os gastos declarados à Justiça Eleitoral em 2016
Candidato | Gastos 2016 |
Rose Modesto (PSDB) | 4.228.071,16 |
Marquinhos Trad (PSD) | 1.954.788,05 |
Alcides Bernal (Progressista) | 537.277,46 |
Adalto Garcia (PRTB) | 1.000,00 |
Alexo do PT | 129.600,00 |
Arce (PCO) | 0,00 |
Aroldo Figueiró (PTN) | 1.442,00 |
Athayde Nery (PPS) | 181.688,71 |
Coronel David | 184.800,05 |
Elizeu Amarilha (PSDC) | 0,00 |
Lauro Davi (PROS) | 10.130,19 |
Marcelo Bluma (PV) | 141.991,36 |
Pedrossian Filho (PMB) | 10.821,40 |
Rosana Santos (PSOL) | 0,00 |
Suél do PSTU | 1.104,69 |
Total | 7.382.715,07 |
Outra diferença na prestação de contas deste ano é que os gastos com advogados não entram no limite do teto. Isso significa que os partidos poderão estourar o teto, ou seja, superar R$ 7,609 milhões em Campo Grande, caso queiram afrontar a sociedade em torrar uma fortuna na campanha eleitoral.
Além de continuar proibida a doação de empresas, os candidatos vão contar com o Fundo Especial Eleitoral, que é financiamento público da campanha eleitoral e será dividido conforme a participação do partido na composição da Câmara dos Deputados.