O Governo do Estado divulgou nota para informar que a Controladoria-Geral do Estado vai acompanhar a investigação do Ministério Público Estadual do desvio de aproximadamente R$ 2 milhões na compra de cesta básica. Nesta sexta-feira (21), a Operação Penúria cumpriu 13 mandados de busca e apreensão na Sedhast (Secretaria Estadual de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho) e no Farturão, nome fantasia da Tavares & Soares.
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“O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul informa que está à disposição do Ministério Público para prestar esclarecimentos dos fatos sobre a operação Penúria, desencadeada pelo Gaeco, hoje em Campo Grande, e que vai acompanhar a investigação através da Controladoria-Geral do Estado”, informou o Governo.
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O promotor Adriano Lobo Viana de Resende, da 29ª Promotoria do Patrimônio Público, apura suspeita de superfaturamento de R$ 2 milhões na compra de 60 mil cestas básicas pelo Governo do Estado. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) dispensou licitação para contratar o Farturão e pagou R$ 5,820 milhões.
Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pela juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande. Participaram da operação policiais do Batalhão de Choque e promotores e servidores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) e do GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção).
O superfaturamento representa 34,3% do valor destinado à compra das cestas básicas. No total, o Governo do Estado gastou mais de R$ 50 milhões em compras sem licitação com recursos da covid-19. O maior montante foi gasto com o contrato para fornecimento de alimentos à famílias carentes.
O governador não se manifestou sobre a Operação Penúria. Em maio, Reinaldo foi ao Tribunal de Justiça contra o Capitão Contar (PSL), que denunciou o superfaturamento na compra das cestas básicas. Na ocasião, o deputado estadual revelou que a cesta poderia ser adquirida por R$ 81 no varejo, mas custou R$ 97 aos cofres públicos.
Contar encaminhou a denúncia para a Polícia Federal em Brasília, à CGU (Controladoria-Geral da União) e ao Ministério Público. Ao tomar conhecimento da Operação Penúria, o parlamentar destacou estar torcendo para que se cheguem a verdade dos fatos. “Isso é dinheiro público, se houve superfaturamento, as pessoas devem ser punidas”, ressaltou o deputado.