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    Campo Grande

    Obra de 30 anos, Centro de Belas Artes é uma provocação: “conclua-me, se for capaz”

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt10/08/20205 Mins Read
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    Ao futuro prefeito, Campo Grande traz o desafio de concluir obra que nasceu rodoviária e tenta ser Centro de Belas Artes. (Foto: Arquivo)

    Na Avenida Ernesto Geisel com a Rua Plutão, o Centro de Belas Artes é mais do que uma obra parada, é uma provocação: mais quantas décadas e milhões serão necessários para que enfim a obra termine e entre no rol dos prédios com alguma utilidade para os campo-grandenses? 

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    Enquanto relatórios informam que 66% do empreendimento foram concluídos, olhos menos treinados só enxergam um grande esqueleto vandalizado e sumidouro de dinheiro público. 

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    A obra nasceu em 1991 para ser a nova rodoviária de Campo Grande e, em 1994, o terminal rodoviário “Engenheiro Euclides de Oliveira” chegou a ser inaugurado pelo governador Pedro Pedrossian, num almoço com taxistas. Na ocasião, o evento desconsiderou o fato de que a obra não estava pronta.  

    Na sequência, Wilson Barbosa Martins (MDB) assumiu o governo de Mato Grosso do Sul, mas o projeto ficou parado por falta de recursos. A partir de 1999, o governador Zeca do PT tentou retomar a obra da rodoviária. 

    Terminal Rodoviário Engenheiro Euclides de Oliveira nasceu em 1991 e teve até inauguração, mesmo inacabado. (Foto: Arquivo)

     Mas a prefeitura de Campo Grande apontou irregularidades – o projeto não tinha nem alvará – e exigiu investimento de R$ 43 milhões em adequações no sistema viário para que no endereço, no Bairro Cabreúva, funcionasse o novo terminal rodoviário. Então prefeito, André Puccinelli afirmou em entrevistas que as exigências não tinham conotação política, apesar da conhecida rivalidade com Zeca do PT.  

    No ano 2000, a obra já tinha custado R$ 4,4 milhões e a conclusão, sem as exigências da prefeitura, exigiria R$ 2 milhões. A prefeitura até fez uma nova GDU (Guia de Diretrizes Urbanas) com valor bem menor, mas não houve acordo.  

    Diante da tentativa naufragada, logo surgiu uma nova ideia. Com a rodoviária “cancelada”, a obra iria abrigar a Unidade Pantaneira de Arte e Cultura Regional. 

    Mas o novo projeto do governo também não vingou. O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) acionou a Justiça e destacou que a obra já tinha gasto dinheiro público e o que nasceu para ser rodoviária deveria ser rodoviária.  

    Em 2007, obra foi repassada do governo do Estado para a prefeitura de Campo Grande. (Foto: Arquivo)

    Em 2005, a Justiça sepultou o centro de arte pantaneira e mandou que prosseguisse a obra do terminal rodoviário. A decisão considerou o esgotamento da capacidade da então rodoviária no Centro da cidade, definida pelo magistrado como de precárias instalações e ponto de conflitos sociais oriundos da prostituição e do tráfico de drogas.  

    Puccinelli foi eleito governador e repassou a obra para a prefeitura após firmar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público.  Na época, o poder público assumiu o compromisso de concluir a obra e transformá-la, agora sim  com aval dos promotores, no  Centro de Belas Artes.

    Chegava ao fim o capitulo de 16 anos em que a obra passou por três governadores, conseguindo chegar do nada ao lugar nenhum. 

    Nos últimos 13 anos, já sob a responsabilidade da administração municipal, o Centro de Belas Artes segue a crônica de trazer notícias animadoras, seguidas pela frustração. Com sucessivos anúncios de abertura de licitação, conquista de dinheiro do governo federal e prazo marcado para a inauguração.  

    Vandalizado e inacabado: retrato atual do Centro de Belas Artes. (Foto: Arquivo)

    Em junho de 2007, o fim da obra tinha data para chegar: 31 de dezembro de 2013. No ano de 2011, o prefeito Nelsinho Trad chegou a elencar o Centro de Belas Artes como um dos desafios na reta final do seu mandato. Mas os oito anos de gestão chegaram ao fim em 2012 sem vermos o fim do Centro de Belas Artes.  

    Em 2013, foi a vez de o prefeito Alcides Bernal ser mensageiro de notícias desanimadoras: com 66% da obra concluída, houve rescisão de contrato e faltou dinheiro. O resultado foi o adiamento da conclusão para 31 de dezembro de 2017.  

    Nessa linha do tempo, no ano de 2014, o prefeito era Gilmar Olarte, que assumiu após a cassação de Bernal. O novo mandatário chegou a ventilar nova utilidade para a obra, como escola técnica ou centro de treinamento do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas). Mas o projeto ficou mesmo para “Belas Artes”, com a corrida por R$ 25 milhões para a conclusão da obra, que, à época, foi adjetivada de “maldita”.  

    Como o ano de 2017 chegou ao fim, mas o empreendimento não, a prefeitura, agora já na gestão de Marquinhos Trad, renovou os votos com o Ministério Público e o TAC ganhou em 2018 a promessa de conclusão da obra em 31 de julho de 2020.

    A data chegou em meio a uma surreal pandemia do novo coronavírus, que encontrou a obra da Ernesto Geisel, mais uma vez, parada.  

    Em fevereiro, a prefeitura concluiu nova licitação, vencida pela empresa Vale Engenharia por R$ 3,1 milhões. A previsão anunciada é terminar o Centro de Belas Artes até dezembro, seguindo a tradição.

    Amanhã, os bastidores e as articulações para as eleições.

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