O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) divulgou nota para manifestar “estranheza e indignação” com o indiciamento pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa pela Polícia Federal. “Não se conseguiu produzir uma única prova de que tenha recebido qualquer tipo de vantagem indevida da JBS”, afirmou o tucano.
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“Trata-se de denúncia antiga, baseada em delações premiadas sem qualquer credibilidade e provas, que vêm sofrendo, em casos diversos no País, inúmeros questionamentos judiciais quanto à sua procedência e consistência”, minimizou Reinaldo, sobre a investigação que ocorreu entre a delação da JBS, homologada em maio de 2017, e a conclusão do inquérito no dia 29 de junho deste ano.
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De acordo com o delegado Leandro Alves Ribeiro, Azambuja e o filho, Rodrigo Souza e Silva, comandaram o suposto esquema criminoso, que teria rendido R$ 67,7 milhões em propina e causado prejuízo de R$ 209 milhões aos cofres públicos. “Passados três anos de inquérito tramitando no STJ, não foi possível concluir ou ao menos indicar de que forma o governador teria praticado qualquer tipo de ilícito”, rebateu.
Reinaldo repetiu a linha de defesa usada na campanha eleitoral, de que se tratava de operação midiática. No entanto, na época, ele conseguiu convencer os eleitores de Mato Grosso do Sul e conseguiu ser reeleito no segundo turno com mais de 677 mil votos. “Desde a Operação Vostock, realizada de forma midiática e exorbitante, bem no meio da campanha eleitoral de 2018, não se conseguiu produzir uma única prova”, frisou.
“Com o fim do inquérito, o governador Reinaldo Azambuja entende que, em processo com ampla defesa, demonstrará a improcedência de todas as acusações a ele dirigidas”, concluiu, certo de que será absolvido pela Corte Especial do STJ.
Confira a nota na íntegra:
“NOTA À IMPRENSA
O governador Reinaldo Azambuja recebeu com estranheza e indignação a conclusão do inquérito.
Trata-se de denúncia antiga, baseada em delações premiadas sem qualquer credibilidade e provas, que vêm sofrendo, em casos diversos no País, inúmeros questionamentos judiciais quanto à sua procedência e consistência.
Passados três anos de inquérito tramitando no STJ, não foi possível concluir ou ao menos indicar de que forma o governador teria praticado qualquer tipo de ilícito.
Desde a Operação Vostock, realizada de forma midiática e exorbitante, bem no meio da campanha eleitoral de 2018, não se conseguiu produzir uma única prova de que tenha recebido qualquer tipo de vantagem indevida da JBS.
Neste caso, é importante pontuar que a própria empresa confessou que os termos de acordo para benefícios fiscais do estado não estavam sendo cumpridos e aderiu a programas de recuperação fiscal, bem como efetuou o pagamento de valores devidos a título de imposto, de modo que não houve dano ao Erário, nem tampouco qualquer ato de corrupção praticado.
Com o fim do inquérito, o governador Reinaldo Azambuja entende que , em processo com ampla defesa, demonstrará a improcedência de todas as acusações a ele dirigidas.
Reinaldo Azambuja
Governador do Estado de Mato Grosso do Sul
Campo Grande, 06 de julho de 2020”