Temperaturas mais amenas estão previstas pelo Climatempo para a região Centro-Oeste já para a próxima semana e há a dúvida sobre o possível aumento da transmissão do SARS-Cov-2, o coronavírus causador da covid-19. A dúvida resulta da crença sobre a ação da temperatura sobre a ação do vírus.
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Há quem acredite que a maior velocidade na transmissão em baixas temperaturas ajudaria a explicar a elevada quantidade de mortes pela doença na Europa e nos Estados Unidos. E, ao mesmo tempo, há quem acredite em menor ação do vírus em áreas de temperaturas elevadas. A maioria das pessoas acredita nas duas coisas, mas ninguém está certo, porque nem mesmo a ciência conhece detalhes sobre a ação do SARS-Cov-2.
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Hoje, o coronavírus causador da covid-19 integra uma história em andamento. Todos os dias são observados novos sintomas sobre o coronavírus e ainda não é possível à ciência responder à maioria dos questionamentos levantados. A temperatura, por exemplo, está entre as incertezas. Estudo divulgado nesta semana pela Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos e publicado pelo Washington Post indica ser improvável que o coronavírus diminua nos ambientes de elevadas temperaturas.
A redução da ação estava entre as expectativas do governo norte-americano para relaxar a partir de abril (quando ocorre a primavera no hemisfério norte) as medidas de isolamento físico implantadas no país. Reduzir o isolamento com base na hipótese de menor transmissividade do coronavírus por conta da temperatura pode ser, contudo um risco, apontam os 12 especialistas consultados pela Academia Nacional de Ciências.
Hoje a entidade estuda o comportamento do vírus em diferentes ambientes de propagação, levando em conta a temperatura e umidade, mas não há conclusões, mesmo após a análise de outras pesquisas sobre o mesmo ponto. A expectativa é de que novos resultados sejam divulgados nas próximas semanas.
Para os estudiosos da Academia Nacional de Ciências, o cuidado em considerar os dados também está na oferta de materiais da pesquisa. Isso quer dizer que não é possível levar em conta apenas a temperatura e a umidade como elementos para entender o comportamento do vírus, mas a imunidade da população estudada, disponibilidade de alimentos, aspectos geográficos e, até, a renda per capita. Pesquisas sobre doenças recentes também causadas por coronavírus, como a SARS e MERS, descartam a sazonalidade do microrganismo após o surgimento.
A redução da transmissividade está entre as expectativas de menor número de contaminações por SARS-Cov-2 em países como o Brasil. Na prática, contudo, não é o que vem ocorrendo. Com 17.857 contaminações e 941 mortes oficiais, o País supera nações do hemisfério norte, como a Dinamarca, onde o inverno é rigoroso. No país europeu foram registrados 5.830 contaminações e 237 mortes oficiais.
Frente fria causa queda de temperatura e sul de MS terá mínima de 11º C
Frente fria deverá causar queda nas temperaturas nesta Sexta-Feira Santa (10) em Mato Grosso do Sul. Conforme previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o feriadão começa com mínima de 11º C no sul do Estado. Na Capital, a mínima será de 16º C.
O sul-mato-grossense passará a viver com amplitude térmica, com temperatura amena à noite e calor intenso durante o dia. A máxima prevista para hoje será de 33º C, com umidade relativa do ar de 30%.
Amanhã, os termômetros deverão marcar entre 14º C e 34º no Estado, com umidade relativa do ar em torno de 25%. Não há previsão de chuva até segunda-feira.
A temperatura ficará entre 17ºC e 36º C no domingo. A mesma situação deverá permanecer na segunda-feira, entre 18ºC e 38ºC.