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    Pandemia agrava crise, eleva desemprego e fome vira pesadelo para famílias na Capital

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt24/03/20205 Mins Read
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    Marcelo Goes, de ONG, vem recolhendo alimentos para ajudar famílias que já estão passando fome na Capital por causa da pandemia (Foto: O Jacaré)

    Não é só a falta de atendimento na rede pública de saúde que assombra os pobres com a pandemia do coronavírus. Em decorrência da suspensão da maior parte das atividades, com o fechamento do comércio e de empresas, o desemprego voltou a ser real e a fome se transformou em pesadelo para as famílias de Campo Grande.

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    Este é o caso da dona de casa Daiane Souza, 29 anos, da Cidade de Deus, no Bairro Dom Antônio Barbosa. Mãe de quatro filhos de um, seis, 10 e 13 anos, ela estava apavorada ontem porque a comida era suficiente apenas para o almoço desta terça-feira (24). A família só vem contando com arroz, feijão e macarrão há cinco dias, sem qualquer tipo de mistura – frango, carne ou ovos.

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    O marido de Daiane era trabalhador temporário e está sem emprego desde o início da pandemia. “Estou fazendo o impossível”, lamentou, sobre a falta de perspectiva de onde arrumar alimentos para os filhos. Quando o marido trabalhava, um restaurante doava carne assada que sobrava do almoço, para alegria da família.

    Prefeitura vai distribuir kits com alimentos para estudantes da rede municipal (Foto: Correio do Estado)

    Elisângela Batista Lima, 46, sofreu AVC no ano passado e acabou dispensada pelos patrões no mês de janeiro deste ano. Desde então, para alimentar os dois filhos, inclusive a filha grávida, ela vinha trabalhando como diarista. No entanto, devido à pandemia, ela acabou dispensada das duas casas.

    O filho de 23 anos vinha enfrentando dificuldade para encontrar emprego. “Agora, com a pandemia, que não arruma mesmo”, lamentou-se. Sem saber que as atividades seriam suspensas, ela pagou a conta de luz, que foi de R$ 327. “Achei um absurdo porque veio R$ 100 a mais e vou ficar desempregado”, lamentou-se.

    “Não tenho mais o serviço, está começando a faltar as coisas aqui em casa, a minha filha de 19 anos está grávida de seis meses, estou muito preocupada”, admitiu. “Não sei o que vai ser da gente, é só Deus”, apelou Elisângela.

    “Os mais pobres serão os mais impactos com a crise causada pela pandemia”, avalia o professor universitário aposentado e sociólogo Paulo Cabral. “A vida (dos mais pobres) já é mais difícil com ou sem coronavírus”, ressaltou.

    Outro problema é o trabalhador na informalidade, que não tem regularidade nem renda fixa, que sentirá os reflexos da crise, já considerada a mais grave em 100 anos, quando a gripe espanhola matou milhões no mundo.

    No entanto, o sociólogo explica que só existem duas alternativas. O isolamento social pode causar uma das maiores crises econômicas de todos os tempos. Por outro lado, a manutenção da atividade econômica poderá custar milhares de vidas, repetindo a tragédia causada pela gripe espanhola em 1917.

    Para amenizar a situação, organizações não governamentais e voluntários se mobilizam para recolher alimentos não perecíveis e distribuir à população mais carente. Uma dessas instituições é o Grupo Obstinados em Sorriso, presidida pelo soldado da Polícia Militar, Marcelo Goes dos Santos, 29.

    A organização conta com 80 famílias cadastradas nos bairros Canguru, Los Angeles, Nova Lima, Aeroporto, Cidade de Deus, entre outros. Com a pandemia, conforme Santos, o número de famílias precisando de cesta básica triplicou. Ele estima que 240 pediram ajuda nos últimos dias.

    Desde domingo, a ONG vem arrecadando produtos não perecíveis, como arroz, feijão, macarrão, óleo, sal e açúcar. A pessoa pode disponibilizar o alimento pelo aplicativo, que o grupo vai buscar em casa, inclusive adotando todas as medidas de precaução para o coronavíris, como máscaras, álcool e luvas.

    • Para doar qualquer alimento não perecível, a pessoa pode ligar ou mandar WhatsApp para Marcelo (99165-5790) ou Vera (98441-8512). Eles buscam os produtos na casa.
    Grupo Obstinados em Sorriso vem arrecadando produtos não perecíveis desde domingo (Foto: Divulgação)

    A Prefeitura de Campo Grande também se juntou à rede de solidariedade ontem. Cerca de 20 mil famílias cadastradas no Bolsa Família vão receber um kit alimentos nas escolas municipais. Marquinhos Trad (PSD) tem enfatizado que a medida visa garantir a alimentação dos estudantes da rede municipal de ensino que ficaram sem merenda com a suspensão das aulas por 20 dias como parte da estratégia para combater a Covid-19.

    Já o Governo do Estado ainda está estudando como seguir o exemplo do prefeito. De acordo com a assessoria, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) determinou que as secretarias de Educação e de Assistência Social viabilizem meios de distribuir alimentos às famílias carentes de estudantes das escolas estaduais.

    Em abril do ano passado, vale relembrar, o tucano excluiu 22 mil das 45 mil famílias beneficias pelo Vale Renda.

    Ontem, Reinaldo também anunciou que 50 mil beneficiados com a tarifa social da Sanesul não vão precisar pagar a conta de água por três meses. Pelo mesmo período, a empresa fica proibida de cortar o fornecimento de água, medida determinada pelo prefeito Marquinhos Trad na semana passada.

    Outro problema durante a situação de calamidade é a conta de energia elétrica. Moradores estão apavoradas, porque a Energisa vem mantendo a rotina de cortes em caso de inadimplência.

    Somente famílias com filhos matriculados nas escolas municipais e cadastradas no Bolsa Família devem receber nesta primeira etapa, diz prefeito (Foto: Correio do Estado)

    grupo obstinados em sorriso marquinhos trad PAULO CABRAL POBRES RECESSÃO ECONÔMICA

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