Os médicos e profissionais de enfermagem do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian, referência no tratamento do coronavírus, estão pedindo socorro. Eles fizeram apelo à sociedade para doar equipamentos de proteção individual, como máscaras, óculos e aventais. Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde negou a falta dos materiais, mas incentivou a campanha de doação.
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“Os profissionais de saúde, que estão na linha de frente do combate ao coronavírus, precisam de diversos equipamentos de proteção e estão solicitando os materiais para as pessoas e empresas, que têm condições de contribuir”, publicou o SINTSS/MS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de Mato Grosso do Sul).
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A falta de máscaras N-95 e cirúrgicas foi confirmada, na manhã deste domingo (22), pelo presidente da entidade, Ricardo Bueno. O sindicato já doou 200 máscaras para as equipes do HR.
A precariedade do hospital referência reflete a “capacidade” e “eficiência” do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e do secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, no enfrentamento da pandemia, que matou 12,9 mil pessoas e infectou outras 304,5 mil no mundo.
Em Mato Grosso do Sul já foram confirmados 21 casos, sendo 19 na Capital e outros dois no interior, Ponta Porã e Sidrolândia. Na manhã deste de hoje, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou que investiga a morte de uma Venezuela de 63 anos, com suspeitas do coronavírus, na UPA do Jardim Leblon.
O Comitê Operativo de Emergência do HR pede a doação de máscaras, óculos de proteção e toucas descartáveis; tecidos tricoline e TNT gramatura 80; e arame para amarração (gravatinha). Os produtos podem ser doados nos quarteis do Corpo de Bombeiros e na portaria do HR, que está com acesso restrito.
Apesar de reforçar a campanha de doação de materiais para as equipes de saúde, o Governo do Estado divulgou nota para contestar a falta de máscara. “(O HR) possui estoque suficiente de EPI’s”, destacou. “A SES informa que adquiriu 10 mil máscaras N95, 10 mil hastes de swab utilizadas em coletas de amostras, tubos criogênicos, ponteiras laboratoriais, álcool 70%, luvas e toucas, além de 800 máscaras N95 e reforça que mais materiais essenciais à atividade hospitalar, fornecidos pelo Ministério da Saúde, deverão ser entregues nos próximos dias”, informa.
“Sobre a informação da necessidade de doação de EPI’s, a SES destaca que há um movimento oficial de estímulo para doação de luvas e máscaras como medida preventiva, uma alternativa diante da restrição mundial de oferta desses produtos já como consequência da própria expansão do Covid-19”, justificou.
Bueno explicou que os tecidos poderão ser transformados em aventais pelo setor de costura do Hospital Regional. Eles vão fazer capotes para serem usados pelos trabalhadores da enfermagem.
O estoque de álcool gel é suficiente, porque houve a entrega de material na sexta-feira e os hospitais devem ser priorizados pela doação de 200 mil litros feitos pelas usinas em parceria com a cervejaria Bamboa.
Neste domingo, o governador Reinaldo Azambuja deverá avaliar a possibilidade de decretar toque de recolher em todo o Estado. A medida objetiva ampliar a quarentena e tentar conter o contágio pelo coronavírus.
Em Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) decertou toque de recolher neste sábado. A Guarda Municipal percorreu os bairros e mandou todo mundo deixar bares, aglomerações e se isolar com a família dentro de casa.
O Ministério Público Estadual emitiu recomendação de se adotar barreiras nos aeroportos par detectar passageiros com febre, medida que vem sendo adotada na China desde fevereiro. O Brasil também foi o último país da América do Sul a fechar as fronteiras.
A principal orientação das autoridades de saúde é fique em casa.
Confira a nota da Saúde sobre a falta de equipamentos no Hospital Regional
“Nota de esclarecimento: Hospital Regional possui estoque de máscaras e luvas para profissionais da saúde
A Secretaria de Estado de Saúde declara que, até o momento, o Hospital Regional, unidade hospitalar que será responsável pelo atendimento e controle de casos de coronovírus, possui estoque suficiente de EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual, o que inclui máscaras n95, máscaras cirúrgicas, óculos, luvas, jalecos, entre outros.
A SES informa que adquiriu 10 mil máscaras N95, 10 mil hastes de swab utilizadas em coletas de amostras, tubos criogênicos, ponteiras laboratoriais, álcool 70%, luvas e toucas, além de 800 máscaras N95 e reforça que mais materiais essenciais à atividade hospitalar, fornecidos pelo Ministério da Saúde, deverão ser entregues nos próximos dias.
Em tempo, a SES ressalta que todas as medidas cabíveis para o funcionamento da unidade hospitalar em relação ao combate da pandemia estão sendo tomadas, como contratação de servidores, desospitalização para aumento da capacidade de atendimento, montagem de tendas, entre outros. A SES também destaca que está em dia o pagamento a todos os fornecedores do HRMS.
Sobre a informação da necessidade de doação de EPI’s, a SES destaca que há um movimento oficial de estímulo para doação de luvas e máscaras como medida preventiva, uma alternativa diante da restrição mundial de oferta desses produtos já como consequência da própria expansão do Covid-19..
As doações oficiais são do Comitê Operativo de Emergência do HR/MS e incluem máscaras N95, luvas de procedimento (P, M e G), touca descartável, aviamentos (linha, punho para avental, elástico tipo cordão de 205 mm, tecidos (TNT gramatura 80, tricoline, napa), arame de amarração (gravatinha) e fraldas para adulto (todos os tamanhos). Empresários e população que possuem estoques desses produtos podem ajudar com a iniciativa que é de caráter preventivo, mas necessário. A entrega pode ser feita nos quartéis do Corpo de Bombeiros Militares da Capital.”