O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, aproveitou a pandemia do coronavírus para contratar a empresa de um dos maiores doadores da campanha eleitoral para deputado federal em Mato Grosso do Sul. De acordo com o portal UOL, o grupo chegou a ser alvo de operação da Polícia Federal por venda superfaturada à Prefeitura de Campo Grande em 2013.
[adrotate group=”3″]
Mandetta contratou por R$ 700 mil para a Prosanis Indústria e Comércio fornecer avental para o SUS (Sistema Único de Saúde). A contratação foi feita sem licitação com base na lei que declarou emergência em decorrência do surto epidêmico da Covid-19.
Veja mais:
Inquérito contra Mandetta por desvio de R$ 8,1 milhões no Gisa vai para a Justiça Eleitoral
Supremo envia à Justiça Federal de MS inquérito contra Mandetta por fraude no Gisa
STF manda PF retomar investigação contra Mandetta por supostas fraudes no Gisa
A Prosanis pertence a Aurélio Nogueira Costa, que também é dono da Cirumed Comércio Ltda. As duas empresas ficam em Campo Grande, terra do ministro. A empresa é uma das principais doadoras eleitorais do democrata.
Em 2010, quando Mandetta foi candidato a deputado federal pela primeira vez, o grupo doou R$ 50 mil em dois cheques, conforme a prestação de contas feita à Justiça Eleitoral. Em 2014, quando ele disputou pela última vez, a Cirumed doou mais R$ 94 mil.
A informação foi divulgada nesta quarta-feira (18) pelo jornalista Breno Costa, do informativo Brasil Real Oficial. O Uol confirmou a informação e a divulgou na tarde de hoje.
O Ministério da Saúde vai adquirir aventais tamanho G, com tiras para fixação, manga longa, punho malha, impermeável e esterilizada.
O Governo não se manifestou se houve pesquisa de preço e convite para outras empresas participarem da seleção.
A pandemia do coronavírus já conta com 621 casos confirmados no Brasil, com sete mortes. Em Mato Grosso do Sul, a Secretaria Estadual de Saúde confirmou nove casos, sendo oito em Campo Grande, epicentro da doença, e um em Sidrolândia, a 70 quilômetros da Capital. Outros 39 casos seguem sob investigação.
O avanço da doença e o temor da propagação meteórica, como vem ocorrendo na Europa, levou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) decretar situação de emergência nesta quinta-feira. O tucano vai pedir à Assembleia Legislativa que declare estado de calamidade.
O prefeito Marquinhos Trad (PSD) anunciou novas medidas nesta sexta-feira. Depois de fechar os shoppings da Capita, ele determinou o encerramento das atividades nos parques e praças.
O prefeito reduziu o número de pessoas em aglomerações de 20. Inicialmente, a restrição era 100 pessoas. Ontem, ele reduziu para 50. Hoje, em novo decreto, a restrição será ainda maior como parte do esforço para que a população fique em casa.
A próxima medida a ser adotada pelo município será o fechamento do comércio. Supermercados e farmácias não são atingidos por serem considerados serviços essenciais.