Grupos de direita e extrema direita em Mato Grosso do Sul aderiram à manifestação contra os deputados federais e senadores com o objetivo de fortalecer o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Convocado para o dia 15 de março deste ano, o protesto foi puxado pelos defensores do fechamento do Congresso Nacional e deverá elevar ainda mais a temperatura política no País.
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A mobilização começou após o ministro Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, propor a Bolsonaro que convocasse o povo às ruas contra o parlamento. “Não podemos aceitar esses caras (parlamentares) chantagearem a gente o tempo todo. Foda-se”, teria declarado o general no último dia 19 deste mês.
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A fala do ministro incendiou os defensores da volta da ditadura militar e do fechamento do Congresso. Até Bolsonaro acabou entrando na polêmica ao compartilhar vídeo convocando o protesto para o dia 15 deste mês.
A manifestação terá o apoio dos principais movimentos que foram às ruas na maior manifestação da Capital, ocorrida em 15 de março de 2015, a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
“A pauta da manifestação é apoiar o Jair Bolsonaro contra a interferência e desmando dos poderes legislativo e judiciário no campo do executivo. Presidente foi eleito para determinar a execução do orçamento”, justificou Rafael Tavares, do EndireitaCG.
“O Congresso quer sequestrar esse recurso de maneira impositiva, amarrando o Presidente. São 30 bilhões de reais”, afirmou o ativista. Ele garante que não está na pauta o fechamento do Congresso Nacional.
A mobilização também contará com o apoio do MBL (Movimento Brasil Livre). A entidade diz que é contra a “ingerência do Legislativo e Judiciário no Executivo”. Conforme uma integrante do grupo, a manifestação será o povo participando da vida política do país, independentemente de quem esteja governando.
Produtores rurais também estão se mobilizando para dar apoio ao ato, que vem sendo condenado por deputados, senadores e até ministros do Supremo Tribunal Federal. Dois ministros do STF, Gilmar Mendes e Celso de Mello, manifestaram preocupação com a manifestação convocada para o terceiro domingo de março. Em Campo Grande, o local da manifestação não está previsto, mas deverá ocorrer na Avenida Afonso Pena, em frente ao Ministério Público Federal.