Com o primeiro mandato marcado pelo desemprego, com o fechamento de 20,9 mil empregos entre 2015 e 2018, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) pode comemorar a abertura de 12.599 novas vagas no mercado de trabalho no ano passado. Desde a chegada do tucano ao poder, 2019 é o primeiro ano em que não houve mais demissão do que contratação em Mato Grosso do Sul.
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Dourados foi o maior fenômeno na criação de empregos no ano passado e foi responsável por metade das vagas, conforme o Caged (Cadastro de Emprego e Desemprego), divulgado pelo Ministério da Economia. Com a segunda maior população de MS, a cidade gerou 6,2 mil vagas, contra 1,6 mil criadas pela Capital (13%), 753 de Três Lagoas (5,97%) e 403 de Sidrolândia.
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O segmento responsável pela retomada foi o setor de serviços, com a abertura de 7,9 mil novas vagas, principalmente nas áreas de saúde. O comércio ficou em 2º, com 3,5 mil novos empregos. Responsável pela criação de empregos com salários mais altos e que indica maior potencial de desenvolvimento econômico, a indústria de transformação só criou 504 novos empregos.
A construção civil terminou o ano no vermelho com o fechamento de 43 postos de trabalho. O setor é que tem maior potencial de gerar empregos e sentiu o reflexo da gestão de Jair Bolsonaro (sem partido), já que é comum o governante segurar investimentos no primeiro. Houve redução nos investimentos em programas como o Minha Casa Minha Vida, carro chefe na habitação, um dos setores que mais gera emprego na construção civil.
Municípios que mais criaram novas vagas no mercado de trabalho em 2019
Cidades | Novos empregos |
Dourados | 6.208 |
Campo Grande | 1.657 |
Três Lagoas | 753 |
Sidrolândia | 403 |
Nova Andradina | 293 |
Coxim | 232 |
O resultado de 2019 é o melhor resultado do mercado de trabalho sul-mato-grossense desde 2013, penúltimo ano de gestão de André Puccinelli (MDB), quando foram criados 21 mil novos postos de trabalho. Em 2014, o mercado já dava os primeiros sinais da crise e só foram criadas 1,7 mil novas vagas.
No entanto, a situação se agravou em 2015, primeiro ano de Reinaldo, quando foram fechados 11,8 mil empregos. O tucano só celebrava a criação de novas vagas nos primeiros meses do ano, mas esquecia o balanço quando o Caged apontava mais demissões do que contratações em Mato Grosso do Sul.
Setores que mais criaram empregos
Setor | Vagas |
Serviços | 7.950 |
Comércio | 3.557 |
Indústria transformação | 504 |
Agropecuária | 537 |
Extrativa mineral | 98 |
Construção Civil | -43 |
Administração Pública | -8 |
O cenário se repetiu até 2018, quando o mercado esboçou uma reação no primeiro semestre e o tucano até usou os números na campanha pela reeleição. No entanto, o último ano do primeiro mandato acabou com o fechamento de 3,1 mil vagas no mercado de trabalho.
A situação só melhorou no ano passado, com a abertura de 12,5 mil novos empregos em MS, conforme o Caged. É o melhor resultado desde 2013.
Outro levantamento, do IBGE, mostrou que há aumento no número de trabalhadores com salários menores. Outro problema é o crescimento de contratações intermitentes, nova modalidade criada pela Reforma Trabalhista, que custa menos ao empresário e renda um salário menor ao funcionário.
Estado só recuperou 60% das vagas eliminadas no 1º mandato de tucano
MS recuperou 60% dos empregos eliminados no primeiro mandato de Reinaldo Azambuja, conforme o balanço do Caged. Além das 20,9 mil pessoas que perderam o emprego de 2015 a 2018, o mercado de trabalho ainda precisa gerar vagas para contemplar os jovens, por exemplo.
Ano | Empregos |
2013 | 21.071 |
2014 | 1.703 |
2015 | -11.813 |
2016 | -1.123 |
2017 | -4.874 |
2018 | -3.104 |
2019 | 12.599 |
Fonte: Caged |