O juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, ampliou o bloqueio dos bens de André Puccinelli (MDB), réu na Operação Lama Asfáltica. Conforme despacho publicado nesta quarta-feira (16), o magistrado determinou o sequestro do barco do ex-governador no Paraná.
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O pedido de inclusão de embarcação “Vanessa”, registrada na Capitania dos Portos do PR, foi feito pelo Ministério Público Federal. De acordo com a Justiça Federal, o bem fica no porto de Paranaguá.
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Em decorrência das denúncias, de que teria chefiado esquema de corrupção, o presidente regional do MDB foi alvo de bloqueio em três operações da Polícia Federal: Fazendas de Lama, Máquinas de Lama e Papiros de Lama. Na primeira, deflagrada em maio de 2016, Puccinelli foi atingido pela extensão do bloqueio de R$ 43 milhões, ocorrida em julho daquele ano.
Na outra operação, a Justiça deferiu pedido para bloquear R$ 100 milhões em bens e contas bancárias. A terceira indisponibilidade decretada somou R$ 150 milhões.
Neste ano, na primeira ação por improbidade administrativa, o procurador Davi Marcucci Pracucho pediu e obteve liminar para bloquear R$ 40 milhões do ex-governador e outros acusados de integrar a suposta organização criminosa, como Edson Giroto e João Amorim.
Ainda nesta quarta-feira, o magistrado manteve o bloqueio de propriedade rural do fiscal de obras e ex-deputado Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano, em Várzea Grande (MT). Ele alegou que só possui 1/16 do imóvel. No entanto, o MPF foi contra a liberação.
Por outro lado, Bruno Teixeira liberou a restrição para circulação dos veículos da ex-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova Rosa, de Marco Enciso Puga, de Fausto Carneiro da Costa Filho e Hélio Yudi Komiyama. Eles não estavam conseguindo a liberação do licenciamento dos automóveis no Detran (Departamento Estadual de Trânsito).
Na prática, o juiz estendeu aos demais réus a decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que beneficiou João Amorim. O empresário João Roberto Baird, o Bill Gates Pantaneiro, também conseguiu a liberação da frota de veículos das empresas.
O bloqueio poderá ser ampliado caso o juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, acate o pedido do Ministério Público Estadual de bloquear R$ 391 milhões, conforme revelou o Campo Grande News.
A promotoria teria ratificado a denúncia do MPF contra o ex-governador, no caso do recebimento de R$ 22,5 milhões em propinas da JBS em troca de incentivos fiscais. Com a decisão, o processo poderá ter tramitação mais rápida na Justiça estadual.