O senador Nelsinho Trad (PSD) lamentou a divulgação das denúncias de compra de sentença por R$ 2,2 milhões com base em “papel apócrifo” e “sem assinatura”. Além de negar veementemente a acusação, ele destacou que o desembargador Marcelo Câmara Rasslan negou todos os pedidos de desbloqueio de bens.
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“O senador jamais participou de qualquer ato ou negociação com qualquer pessoa que seja, como foi mencionado em reportagem”, afirmou, ao rebater a matéria veiculada inicialmente pelo Midiamax. O Correio do Estado publicou em seguida.
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Conforme documento encontrado no quarto do empresário Jamil Name, preso na Operação Ormetà, o ex-prefeito e mais quatro pessoas teriam negociado pagar R$ 1 milhão pela liminar para desbloquear os bens e mais R$ 1 milhão por sentença favorável no mérito em ação por improbidade administrativa.
De acordo com o papel, eles ainda teriam negociando mais R$ 250 mil para trancar outro processo. Só que o grupo pagou R$ 200 mil, em várias parcelas, e acumulou uma dívida de R$ 2,050 milhões.
“Além disto, a ilação não faz o menor sentido uma vez que todas as decisões do Desembargador nominado foram – até o presente momento – contrárias aos recursos interpostos”, destaca. O senador tem razão, já que Marcelo Câmara Rasslan negou os cinco pedidos feitos para desbloquear os bens – de Nelsinho, João Antônio De Marco, Marcos Cristaldo, LD Construções e Financial Construtora Industrial.
Rasslan manteve o bloqueio de R$ 101,5 milhões determinado em junho deste ano pelo juiz José Henrique Neiva de Carvalho e Silva, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.
“Ainda, somos favoráveis a abrir qualquer tipo de sigilo, seja processual, fiscal, telefônico, que envolve o senador para deixar absolutamente claro que não há nenhuma vinculação dele com o fato relacionado”, frisou, sobre a suposta organização criminosa acusada de várias execuções na Capital.
“A veiculação tem clara natureza política, uma vez que só o nome do senador foi ventilado, mesmo havendo menção a outra pessoa (que não o senador) aludida no anônimo documento”, acusou, já que os jornais não haviam mencionado o nome do desembargador. Nelsinho é pré-candidato a governador em 2022. De acordo com o Midiamax, interceptações telefônicas mostraram que ele seria o candidato do empresário Jamil Name e da esposa, a ex-vereadora Tereza Name.
Além do bloqueio de R$ 201,5 milhões em duas ações do lixo, Nelsinho é alvo de denúncias de improbidade administrativa nos convênios com a Omep e Seleta e na operação tapa-buraco. Na maioria das ações, juízo de primeira instância determinou o bloqueio de bens.
Algumas já tiveram o bloqueio suspenso pelo Tribunal de Justiça, mas nenhuma liminar foi concedida pelo desembargador Marcelo Câmara Rasslan.
Confira a nota de Nelsinho Trad na íntegra:
“O senador jamais participou de qualquer ato ou negociação com qualquer pessoa que seja, como foi mencionado em reportagem.
Além disto, a ilação não faz o menor sentido uma vez que todas as decisões do Desembargador nominado foram – até o presente momento – contrárias aos recursos interpostos. Ainda, somos favoráveis à abrir qualquer tipo de sigilo, seja processual, fiscal, telefônico, que envolve o senador para deixar absolutamente claro que não há nenhuma vinculação dele com o fato relacionado.
As ilações são tão desprovidas de sentido que basta ler o indigitado papel apócrifo e sem assinatura para concluir que não faz nenhuma vinculação ou mínima alusão a um suposto benefício ao senador.
A veiculação tem clara natureza política, uma vez que só o nome do senador foi ventilado, mesmo havendo menção a outra pessoa (que não o senador) aludida no anônimo documento.
Por isso, tomaremos as medidas jurídicas cabíveis contra essa brutal tentativa de macular a reputação do senador Nelson Trad Filho.”
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