Os três senadores de Mato Grosso do Sul votaram a favor da Reforma da Previdência proposta pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) na sessão desta terça-feira (1º). Eles foram favoráveis ao texto aprovado pela Câmara dos Deputados. Nelsinho Trad (PSD), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (PSL) foram a favor de regras mais duras para o pagamento do abono salarial, que acabou sendo rejeitada pelo plenário.
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O Plenário do Senado aprovou, em primeiro turno, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição, que reforma a Previdência. Foram 56 votos a favor, 19 contra e nenhuma abstenção. Eram necessários 49 votos, o equivalente a três quintos dos senadores mais um, para aprovar o texto.
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“A votação dessa reforma é a votação da consciência de um país que precisa ser reformado. Sem dúvida nenhuma, essa é a reforma mais importante do Estado porque, sem ela, não seríamos capazes de fazer outras. O Estado brasileiro está capturado, sem condições de investimento. O Senado, a Câmara dos Deputados, dão demonstração de grandeza, de espírito público e do verdadeiro significado da democracia”, afirmou o presidente do Congresso, senador David Alcolumbre (DEM), conforme registro da Agência Brasil.
Aprovada sob protesto de sindicalistas e movimentos sociais, o senador Tasso Jereissati (PSDB), relator da PEC, afirmou que a reforma é impopular, mas necessária para reequilibrar as contas públicas e permitir a retomada dos investimentos federais nos próximos anos.
Soraya destacou a importância da reforma em postagem no Twitter. “A reforma não é de um partido, a reforma é dos brasileiros”, afirmou a senadora, que pediu aos eleitores para pressionarem os senadores a votarem a favor da proposta.
Os três senadores de Mato Grosso do Sul votaram a favor da proposta do Governo, que muda o critério para o pagamento do abono salarial. Nelsinho, Simone e Soraya votaram de regras mais duras. Pela proposta, só trabalhador com renda de até R$ 1,3 mil teria direito a receber o abono salarial, uma espécie de 14º salário e pago aos trabalhadores todos os anos.
No entanto, com 13 traições na base, o Senado rejeitou a mudança e manteve os critérios atuais, de que todo trabalhador com renda de até dois salários mínimos continue tendo direito ao abono.
O Governo estima que a mudança causará impacto de R$ 76 bilhões nas contas públicas em dez anos.
Outros destaques da Reforma da Previdência ainda serão votados em primeiro turno nesta quarta-feira.