O procurador de Justiça Sérgio Harfouche afirmou que negou convite para permanecer no PSC. Sem mencionar o novo presidente regional da sigla, Paulo Matos, que deixou o DEM, ele disse que foi assediado por vários partidos, mas não se filiou a nenhum por força da lei, que impede a filiação de integrante do Ministério Público Estadual.
Por outro lado, em decorrência do bom desempenho na eleição para senador em 2018 na Capital, Harfouche deve ser candidato a prefeito. Nos bastidores, políticos dão como certa a sua filiação ao Avante, que era PTdoB e conta com um vereador em Campo Grande, o Pastor Jeremias Flores.
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O procurador não gostou do termo de que ele ficou sem partido para disputar a eleição em 2020, publicada na sexta-feira. “A primeira coisa que fiz em outubro de 2018 foi me desligar do PSC”, contou.
“Apesar de procurado pela atual diretoria do PSC, recusei o convite de me filiar, assim como em diversos outros partidos”, ressaltou. A resposta serve como contraponto à análise de Paulo Matos, que assumiu o comando do PSC para disputar a prefeitura da Capital, que menosprezou o potencial eleitoral de Harfouche.
“Não guardo qualquer vínculo com o PSC, nem eles comigo, razão do equívoco de sua matéria”, criticou. “Estou sem partido por força de lei”, reforçou, explicando que não pode ter partido político porque é procurador de Justiça.
Nos bastidores da política regional é dado como certo a filiação de Harfouche ao Avante em 2020. Ele passa a ser mais um na corrida da prefeitura, ao lado do prefeito Marquinhos Trad (PSD), de Paulo Matos (PSC), do deputado estadual Capitão Contar (PSL) e do ex-senador Delcídio do Amaral (PTB).
No sábado, na presença do presidente nacional da sigla, Roberto Jefferson, Delcídio assumiu o comando regional do PTB. Ele se lançou candidato a prefeito da Capital e destacou que pretende cumprir uma missão.
“Fui vítima de uma das maiores aberrações jurídicas e três anos e oito meses depois fui absolvido e as provas anuladas, em dez minutos”, afirmou. O ex-senador foi absolvido pela Justiça da acusação de compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró. Em decorrência desta denúncia, ele foi preso e perdeu o mandato de senador.
O primeiro desafio do ex-petista será recuperar os direitos políticos. O mais importante ele demonstrou contar no momento, apoio de lideranças políticas importantes, como o ex-governador André Puccinelli (MDB), e do ex-prefeito de Corumbá e ex-deputado estadual, Paulo Duarte (MDB).
A sucessão municipal ocorrerá daqui um ano e dependerá de muitas definições, como a candidatura de Rose Modesto, que cogita deixar o PSDB, e quem serão os candidatos do PT e do MDB.