Seis deputados federais de Mato Grosso do Sul aprovaram a emenda que exige 35 anos de contribuição para as mulheres terem direito a receber 100% do valor da aposentadoria. O destaque do DEM foi aprovado por 344 votos a 132, com 15 abstenções. Na prática, a proposta reduziu em cinco anos o tempo exigido para as trabalhadoras terem direito ao benefício integral, mas manteve a hipótese do valor da pensão por morte ser inferior a um salário mínimo.
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Contra a Reforma da Previdência proposta por Jair Bolsonaro (PSL), por considerá-la prejudicial aos mais pobres e trabalhadores, Dagoberto Nogueira (PDT) e Vander Loubet (PT), votaram contra a emenda defendida pela bancada feminina.
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Inicialmente, o texto principal previa o pagamento de 100% do valor às mulheres aos 62 anos de idade e mediante 40 anos de contribuição. Com a emenda do DEM, o tempo de contribuição para elas teve redução de cinco anos. Ou seja, caso tenha 62 anos e 35 de contribuição, o valor será integral.
No entanto, a proposta inclui uma maldade para as trabalhadoras, porque poderão receber como pensão o benefício inferior a um salário mínimo.
A emenda teve o voto favorável das deputadas Rose Modesto (PSDB) e Tereza Cristina (DEM) e dos deputados Beto Pereira (PSDB), Fábio Trad (PSD), Luiz Ovando e Loester Trutis, do PSL.
As mulheres terão direito a aposentadoria se contribuírem com, no mínimo, 15 anos, mesmo tempo dos homens. Já para ter direito a 100%, eles vão ser obrigados a pagar a contribuição por quatro décadas.
A Câmara dos Deputados deve concluir a votação da Reforma da Previdência em primeiro turno nesta sexta-feira.
A dúvida é se a segunda votação ocorrerá amanhã, na próxima semana ou em agosto, depois do recesso parlamentar de inverno.
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