O pagamento de supersalários aos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul teve repercussão nacional nesta segunda-feira (22). Nos primeiros dois meses deste ano, os sete receberam R$ 1,4 milhão, conforme o blog do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de São Paulo.
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Em média, a remuneração foi de R$ 200 mil por bimestre, valor que um trabalhador comum levaria 16 anos e oito meses de trabalho e suor para acumular. Só que o dinheiro é proveniente dos impostos pagos pelos contribuintes sul-mato-grossenses.
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Macedo somou os subsídios pagos em janeiro e fevereiro deste ano, que totalizam R$ 557.566,61. Os sete conselheiros receberam mais R$ 919.588,44 líquidos, sem qualquer desconto de impostos, referentes a outros pagamentos legais e judiciais.
O subsídio bruto é de R$ 35.462,28.
Presidente da corte fiscal, o conselheiro Iran Coelho das Neves recebeu mais R$ 74.541,31 em janeiro e R$ 102.919,25 em fevereiro, conforme valor divulgado pelo O Jacaré e repercutido no blog do jornal paulista hoje.
O corregedor-geral do TCE, Ronaldo Chadid, ganhou de R$ 42.597,30 no primeiro mês do ano e R$ 147.802,04 no segundo. O vice-presidente, Flávio Kayatt, teve extra de R$ 42.805,07 em janeiro e R$ 71.175 em fevereiro.
O ouvidor da corte, Osmar Jeronymo, teve outras vantagens de R$ 37.253,31 a R$ 136.529,69. De acordo com o Portal da Transparência, o ex-presidente, o conselheiro Waldir Neves, teve ganho extra de R$ 33.759,45 em janeiro e R$ 77.801,59 em fevereiro.
Os vencimentos adicionais de Jerson Domingos oscilaram entre R$ 38.991,75 e R$ 67.361,69, enquanto Márcio Monteiro recebeu de R$ 39.392,88 a R$ 67.762,82.
Ao Blog de Fausto Macedo, o Tribunal de Contas informou que “são verbas legais, estão descritas no Portal da Transparência, são temporárias e de caráter indenizatório”.
O Jacaré sempre procurou o assessor de imprensa da corte, por meio do aplicativo whatsapp e por e-mail, mas nunca houve retorno. Não é necessário, afinal, os sites, portais, jornais e emissoras de televisão de Mato Grosso do Sul acham que o pagamento de salários altíssimos, que causam espanto além das nossas divisas, é um escândalo.
Para as autoridades e classe política, MS é um estado rico e desenvolvido, que paga salários de causar inveja os políticos dos países do dito primeiro mundo.