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    De capital social de R$ 30 mil até faturar R$ 50 mi, o milagre da empresa do cunhado de Giroto

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt20/03/20195 Mins Read
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    Edson Giroto e cunhado, quando foram presos pela primeira vez, e agora vão cumprir juntos a primeira sentença na Operação Lama Asfáltica (Foto: Arquivo)

    Condenado a sete anos, um mês e 15 dias em regime fechado na primeira sentença da Operação Lama Asfáltica, o engenheiro agrônomo Flávio Henrique Garcia Scrocchio, 52 anos, teve sucesso empresarial “astronômico” nos últimos dois anos do mandato de André Puccinelli (MDB). Acusado de ser “testa de ferro” do cunhado, o ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, 59 anos, ele descobriu a fórmula do sucesso uma década depois da fundação da Terrasat.

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    O juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, não deixa de demonstrar o espanto com a evolução meteórica de Scrocchio. A modesta empresa de agrimensura de Tanabi, cidade com cerca de 25 mil habitantes no interior de São Paulo, descobriu o sucesso após firmar contratos com o Governo de Mato Grosso do Sul.

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    Flávio fundou a empresa em 27 de março de 2002. Até o dia 14 de novembro de 2012, o capital social era de R$ 30 mil. Neste dia, o engenheiro elevou o capital social para R$ 600 mil e tirou a esposa, Cláudia Artenízia Giroto Scrocchio, irmã do então secretário estadual de Obras, da sociedade.

    Cinco dias depois, em 19 de novembro de 2012, a Terrasat ganhou a licitação para realizar manutenção de rodovias sul-mato-grossenses por pouco mais de R$ 4 milhões.

    “Sendo uma empresa de agrimensura e de terraplanagem, virou uma empreiteira ‘pronta’ a cinco dias de abrir a licitação. No objeto, pode-se ver que a TERRASAT passou a ‘construção de edifícios’, ‘construção de redes de abastecimento de água, coleta de esgoto e construções correlatas”, “serviços de engenharia civil em geral’ e ‘serviços de recomposição de pavimentação asfáltica’”, observa o juiz, na sentença de 56 páginas.

    A chegada a MS foi a senha para o sucesso sem precedentes. O faturamento da Terrasat passou de R$ 500 mil para mais de R$ 50 milhões entre 2013 e 2015, conforme dados analisados pela Receita Federal do Brasil.

    Com a empresa faturando horrores, sendo que 95% da receita era proveniente da Agesul, o dono oficial se transformou em mais um milionário na praça. ““Com este aumento vertiginoso no faturamento, o sócio FLÁVIO SCROCCHIO passa a receber distribuições de lucros maiores, possibilitando um acréscimo patrimonial vultoso entre os anos de 2013 e 2014, correspondendo a aproximadamente R$ 8 milhões somente em 2014”, anotou o magistrado.

    “FLÁVIO SCROCCHIO é um dentre vários que enriqueceram abruptamente com recursos públicos, assim como o Capital Social da referida empresa que foi aumentado repentinamente, o qual só foi possível com empréstimos supostamente contraídos pelo sócio, permitindo que a empresa saísse vencedora de eventuais certames licitatórios”, ressaltou.

    Além de firmar contratos milionários com o Governo do Estado, Scrocchio passou a locar máquinas para empreiteiras que prestavam serviços à administração estadual.

    Após a Operação Lama Asfáltica, a empresa mudou de nome para TNB Engenharia. A especialização ficou restrita a obras de rodovia e ferrovia e o capital social passou a ser de R$ 5 milhões. O juiz enxerga outra coincidência. No depoimento, Giroto disse que só entendia de rodovia e ferrovia.

    Ele passou a comprar fazendas, aviões e imóveis junto com o cunhado. Na casa de Giroto, a Polícia Federal encontrou informações e contratos da Terrasat. Para a corporação, não há dúvidas de que o ex-secretário é o real dono da empreiteira e colocou o cunhado como testa de ferro.

    Giroto o acompanhou em todas as negociações feitas para comprar a Fazenda Encantado do Rio Verde por R$ 7,630 milhões. Esta aquisição levou a primeira condenação da dupla na Operação Lama Asfáltica.

    A compra da sala comercial no Edifício Evidence foi sacramentada após o ex-deputado conhecer o espaço. Em e-mail, Flávio acerta o pagamento em seis parcelas de R$ 150 mil.

    Scrocchio manteve empresa com capital social de R$ 30 mil por dez anos. Ele teve sucesso astronômico após chegar a MS (Foto: Arquivo/TopMidiaNews)

    O juiz chama a atenção para o envio de relatórios da Terrasat para Rachel Portela Giroto, esposa do ex-secretário. Apesar dela ser advogada e só ter administrado um salão, com sucesso já que lucrou mais de R$ 1 milhão por ano, Flávio enviou a relação de máquinas pesadas locadas para outras construtoras.

    Ao levar o contrato de terceirização de uma obra pela Construtora Gaspar, o engenheiro agrônomo envia cópia do acordo para Giroto. Questionado pelo juiz sobre o caso, Scrocchio disse que enviou o contrato para externar sua felicidade com o cunhado.

    Sobre o nome de Edson encontrado na agenda, Flávio garantiu que não é o cunhado, mas um funcionário com o nome homônimo.

    Em depoimento ao juiz Bruno Cezar, durante o julgamento da ação penal, Flávio negou ter cometido qualquer irregularidade e rebateu a suspeita de lavagem de dinheiro desviado dos cofres estaduais.

    O empresário contou que provém de família humilde e trabalhou desde os 10 anos de idade. Ele insinua que seguiu a risca o famoso provérbio: “Deus ajuda quem cedo madruga”.

    Sobre a compra da fazenda, ele garantiu que comprou sozinho. O sobrado dado no negócio por Giroto, no valor de R$ 1,5 milhão, seria pago com 10 mil arrobas de boi gordo.

    Agora, o suposto testa de ferro de Giroto ainda tem mais dois julgamentos na Operação Lama Asfáltica. Giroto foi condenado a nove anos, dez meses e três dias.

    Como tiveram a prisão preventiva decretada, eles não poderão recorrer da sentença em liberdade.

    flávio henrique garcia scrocchio

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    2 Comentários

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