Faltando um ano e sete meses para as eleições municipais de 2020, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) já faz articulações para garantir apoio à reeleição. Ele pode conquistar o apoio do juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PDT), que ficou em segundo lugar na disputa no ano passado. A deputada federal Rose Modesto (PSDB) trabalha para ser a principal adversária pela segunda vez.
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Apesar de ter sido a mais votada nas eleições de 2018, a professora não tem a candidatura garantida pelo PSDB. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) prometeu retribuir o apoio a Marquinhos e o partido indicaria o candidato a vice-prefeito. Sem votos para eleger deputado, Carlos Alberto de Assis sonha com o posto, que pretende assumir caso o prefeito se reeleja e dispute o Governo em 2022.]
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Para garantir a candidatura, Rose trabalha para assumir o comando do PSDB. O principal adversário é o atual presidente, Beto Pereira. Com a experiência de dois mandatos em Terenos, ele planeja ser o candidato tucano caso desande a aliança entre Azambuja e Trad.
Caso perca a presidência do PSDB, Rose já tem um plano B. A deputada assumiu, com a indicação de “amigos”, o comando do Podemos em Mato Grosso do Sul. Em último caso, mesmo sem a abertura de janela partidária, ela migraria para o partido do senador Álvaro Dias para ser a candidata a prefeita da Capital. Em 2016, com o apoio de Reinaldo, ela foi para o segundo turno.
Marquinhos trabalha para tirar os principais adversários do páreo, repetindo a estratégica tucana no ano passado. O primeiro é o juiz Odilon, que anunciou a intenção de ser candidato a prefeito. De acordo com o Correio do Estado, o magistrado ameaçou deixar o PDT se não tiver a garantia de que será candidato.
Por outro lado, Odilon pode encolher politicamente. Em troca de cargo de assessor jurídico na Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico), o pedetista apoiaria a reeleição de Marquinhos e poderia indicar o filho, Odilon Júnior (PDT) para ser o candidato a vice-prefeito.
O principal desafio do prefeito é manter o apoio tucano, que controla a máquina estadual. Em último caso, ele até poderia trocar de partido para garantir este apoio nas eleições de 2020. A janela partidária para vereadores e prefeito deve ser aberta no início do próximo ano.
A eleição de 2020 terá algumas novidades, como o fim das coligações. Outra será de que só poderá lançar candidato o partido com as contas aprovadas e diretório municipal definitivo. Sem falar no fundo partidário, que só terá direito quem conta com bancada no Congresso Nacional.
Dois adversários fortes de Marquinhos dependem das circunstâncias. O ex-governador André Puccinelli (MDB) segue com a Polícia Federal em seu calcanhar. Além disso, a Justiça Federal pode despachar as primeiras sentenças até o segundo semestre de 2020.
Para tentar recuperar o prestígio do MDB na Capital, o deputado estadual Márcio Fernandes se lançou como candidato a prefeito. Por enquanto, ele é candidato dele mesmo.
O outro é o procurador de Justiça Sérgio Harfouche (PSC), que precisa garantir o partido para ser candidato.
O PSL, do presidente Jair Bolsonaro, corre por fora na esperança de repetir o fenômeno de 2018. O candidato deve ser o deputado estadual Renan Contar, o Capitão Contar (PSL), mais votado para a Assembleia Legislativa.
Como falta muito tempo para as eleições, o cenário é apenas especulativo. Só para ilustrar, é o caso da candidatura do MDB no ano passado, que teve quatro candidatos em um mês, imagine o que não pode acontecer em um ano e sete meses.