A Polícia Federal investiga ameaças de morte feitas contra o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, segundo o jornal O Globo. Em decorrência dessa suspeita, a Abin (Agência Brasileira de Informação), o serviço secreto do Governo federal, reforçou as medidas de segurança nos deslocamentos feitos pelo sul-mato-grossense.
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De acordo com o periódico carioca, as ameaças foram feitas por telefone e estariam ligadas às mudanças feitas pelo ministro nos seis hospitais federais do Rio de Janeiro. Mandetta exonerou a diretora do Hospital Federal de Bonsucesso, Luana Camargo, no dia 24 de janeiro deste ano. Ela teria sido indicada pelo deputado federal Wilson Beserra (MDB).
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Na terça-feira (5), agentes da Abin fizeram varredura por mais de três horas no Hospital de Bonsucesso para garantir a segurança da visita do ministro, que não ocorreu.
O oftalmologista Júlio Leão, que seria amigo do ministro, confirmou as ameaças. “A Polícia Federal está trabalhando nesse caso. As milícias estavam comandando os hospitais federais. Ele tira de letra essas ameaças”, contou o médico.
Durante a checagem no hospital por aproximadamente três horas, os agentes da Abin teriam definido rotas de fuga, identificado locais críticos e não informaram a hora da visita nem a placa do veículo que transportaria Mandetta.
Antes de ser indicada para comandar o hospital carioca, Luana foi gerente da farmácia do posto de saúde de Seropédica, região da baixada fluminense. A cidade pertence a base do deputado, que alegou desconhecer as ameaças ao ministro.
A assessoria do Ministério da Saúde negou as ameaças contra Mandetta e informou que as medidas de segurança são praxe nos eventos com membros do gabinete da presidência da República.
Além da mudança no comando dos hospitais federais do Rio de Janeiro, Mandetta pretende rever a atuação das organizações não governamentais no atendimento à saúde indígena. Ele citou que a Missão Caiuá, que atua em Dourados, recebe mais da metade dos R$ 1,4 bilhão destinado para o setor no Brasil.
O ministro também estuda acabar com o programa Mais Médicos, criado pela então presidente Dilma Rousseff (PT) em 2013. O novo modelo ainda está sendo estudada pelo Governo de Jair Bolsonaro (PSL).