O segundo sargento da Polícia Militar Ricardo Campos Figueiredo, 42 anos, foi condenado três anos e seis meses por obstrução de investigação de organização criminosa na tarde desta terça-feira. É a segunda condenação do ex-motorista do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). No total, o policial, que está preso desde 24 de maio deste ano, pode cumprir pena de 22 anos e quatro meses em regime fechado e perder o cargo na PM.[adrotate group=”3″]
A sentença é do juiz Alexandre Antunes da Silva, da Auditoria Militar. O Conselho de Sentença o considerou culpado a denúncia de obstrução de investigação. Conforme a denúncia, ao ser alvo de mandado de busca e apreensão na Operação Oiketicus, Ricardo teria se trancado no banheiro e destruído os dois telefones celulares.
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Segundo o promotor do Fernando Martins Zaupa, do Gaeco (Grupo de Atuação de Repressão Crime Organizado), o militar disse que iria procurar os telefones e se trancou no banheiro. Em seguida, ele entregou os aparelhos danificados.
A defesa do sargento negou que ele tenha obstruído a Justiça e tentou provar, por meio de perícia, que os telefones foram destruídos no dia anterior pela sua esposa.
O militar foi condenado a 18 anos, 10 meses e 11 dias de prisão em regime fechado por corrupção passiva, continuidade delitiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele teria recebido R$ 500 mil em propinas da Máfia do Cigarro entre 2015 e este ano.
Conforme a denúncia do Gaeco, o sargento usava o filho e um amigo para ocultar os bens supostamente recebidos por meio ilícito.
A sentença do militar, que teve cargo de chefia e assessoramente na Secretaria Estadual de Governo desde o dia 1º de janeiro de 2015, foi a maior entre os presos na Operação Oiketicus julgados até o momento.
O tenente coronel Admilson Cristaldo Barbosa foi condenado por corrupção e obstrução de investigação a penas somadas de 10 anos de reclusão em regime fechado. Assim como Ricardo, ele não poderá recorrer contra a sentença em liberdade.
O 2º sargento da PM foi exonerado pelo governador Reinaldo Azambuja logo após a prisão em maio deste ano. Na ocasião, o Governo anunciou a abertura de sindicância para apurar os crimes.
O governador vem reiterando que os policiais foram presos por corrupção graças a atuação da Corregedoria da Polícia Militar, que trabalhou em parceria com o Gaeco. Ele também negou que Ricardo tenha atuado como seu motorista.
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