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    Campo Grande

    Promessa fica no papel: falta fiscalização, ônibus pioram e tarifa sobe acima da inflação

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt01/12/20185 Mins Read
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    Marquinhos disse que seria irresponsabilidade não autorizar reajuste no transporte coletivo (Foto: Arquivo/Correio do Estado/Valdenir Rezende)

    Há dois anos, na campanha eleitoral, o candidato Marquinhos Trad (PSD) prometeu transporte coletivo de primeiro mundo, fiscalização eficiente e tarifa mais em conta. Empossado no cargo de prefeito há quase dois anos, ele reduziu impostos das empresas, fechou os olhos para a piora no sistema e não titubeou em punir os passageiros ao autorizar reajuste acima da inflação.  Não houve compaixão nem para repassar à população o benefício da redução no preço do óleo diesel pela União e pelo Governo estadual.

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    Nesta sexta-feira, o prefeito autorizou reajuste de 6,75% na tarifa do transporte coletivo, que passa de R$ 3,70 para R$ 3,95 a partir de segunda-feira. O aumento é dois pontos percentuais acima da inflação oficial, de 4,56% nos últimos 12 meses, conforme o IBGE.

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    Responsável por 35% da composição do valor da passagem, o óleo diesel teve aumento ainda menor, de apenas 3,57% na Capital. Conforme a ANP (Agência Nacional do Petróleo), o preço médio passou de R$ 3,52 para R$ 3,646 em um ano.

    O reajuste salarial dos funcionários do Consórcio Guaicurus tem peso de 34% no cálculo. Conforme o próprio prefeito em entrevista ao Correio do Estado, os salários tiveram aumento de 5,21%.

    Marquinhos aprovou a isenção do ISS (Imposto Sobre Serviços) por cinco anos. O município deixará de arrecadar R$ 35 milhões do Consórcio Guaicurus, uma espécie de subsídio disfarçado, mas que não é repassado para o usuário final.

    Os novos valores

    • Tarifa normal – R$ 3,70 para R$ 3,95
    • Tarifa social – R$ 1,48 para R$ 1,58
    • Executivo – R$ 4,50 para R$ 4,80

    Nos últimos meses, houve piora ainda com a retirada dos ônibus articulados. O Midiamax notificou a revolta dos usuários com a retirada, sem aviso prévio, da linha expressa 078, que fazia sem paradas o percurso entre os terminais Bandeirantes e General Osório.

    Na semana passada, o Correio do Estado publicou a abertura de inquéritos pelo Ministério Público Estadual para apurar a ineficiência das agências municipais, Agetran e Agereg. Desde a posse de Marquinhos, as empresas de ônibus não são multadas.

    De acordo com o jornal, problemas para notificação é que não faltam. “Problemas mecânicos, atrasos, diminuição da frota em determinadas linhas sem aviso prévio, peças e banco quebrados”, relata a reportagem. No entanto, nenhum centavo foi cobrado do consórcio. Agora, imagine o cidadão cometer um deslize de cinco minutos, para sentir o peso da caneta dos amarelinhos e guardas municipais.

    Um fiscal contou ao MPE que as multas eram ignoradas. “É um absurdo o que se tem, nada justifica o poder concedente não estar fazendo a fiscalização efetiva da concessionária. Metade dessa gestão já foi e os cofres estão zerados, não dá para uma situação dessa ficar por conta”, lamentou o promotor Humberto Lapa Ferri, que preside os inquéritos.

    O Correio do Estado revelou que são 2,2 mil multas aplicadas que não foram pagas. No início do ano passado, a prefeitura admitiu que o consórcio descumpria o contrato ao manter ônibus velhos em circulação.

    Pasme o cidadão que paga as multas em dia. A Agência de Regulação confirmou, na época, que só iniciaria a fiscalização após a chegada dos ônibus novos, que livraria o consórcio de qualquer multa.

    Marquinhos repete a mesma política adotada na gestão do irmão, Nelsinho Trad (PTB), que foi prefeito da Capital por dois mandatos e foi eleito senador nas eleições deste ano.

    Transporte coletivo ficou mais caro e pior nos últimos dois anos na Capital (Foto: Arquivo)

    No entanto, o chefe do Executivo não é o único ignorar o usuário na hora de definir as políticas do transporte coletivo. Nenhum vereador surgiu para cobrar redução de tarifa ou melhora no sistema.

    Como faltam dois anos para as eleições, a população sofre com a falta de “representantes”. Não houve nenhuma cobrança de transparência no cálculo da tarifa, uma eterna caixa preta. Na gestão do antecessor, Alcides Bernal (PP), a gritaria por transparência era ensurdecedora.

    Em junho de 2013, ele reduziu a tarifa e repassou aos passageiros a redução no preço do diesel. Neste ano, Marquinhos ignorou, solenemente, a redução de 17% para 12% na alíquota do ICMS e de R$ 0,46 no preço do litro, anunciadas, respectivamente, pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e pelo presidente Michel Temer (MDB) para por fim à greve dos caminhoneiros.

    Nem os corredores do transporte coletivo saíram do papel. O Exército reduziu o contrato apenas para as ruas Guia Lopes e Brilhante, excluindo as avenidas Marechal Deodoro, Gunter Hans e Bandeirantes. No entanto, mesmo com a exclusão de dois terços, a obra segue eterna, sem perspectivas de conclusão.

    Para piorar, o município nem lançou a licitação dos outros dois corredores, apesar dos R$ 144 milhões já estarem em caixa desde 2014. Os corredores foram anunciados na campanha – por que O Jacaré lembra disso? – como parte do plano de mobilidade para reduzir o tempo das viagens de ônibus.

    Ao usuário não resta opção a não ser de procurar alternativas mais rápidas e baratas, como os aplicativos de transporte, saudáveis, como bicicletas, e até mais perigosas, como as motos.

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