O juiz substituto Sócrates Leão Vieira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, decretou o sequestro de R$ 21,8 milhões e a quebra do sigilo fiscal e bancário de seis empresas e 11 acusados. Eles são investigados na Operação Computadores de Lama, denominação da 6ª fase da Lama Asfáltica, que cumpre quatro mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão na Capital e mais três cidades: Jaraguari, Dourados e Paranhos.
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A suposta organização criminosa é acusada de causar prejuízo aos cofres públicos por meio de contratos na área de informática, remessa ilegal de dinheiro ao Paraguai e ocultação de bens em nome de laranjas.
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A Justiça decretou o bloqueio de R$ 8,453 milhões do empresário João Roberto Baird, o Bil Gates Pantaneiro, de R$ 6,536 milhões de Romilton Rodrigues de Oliveira, de R$ 4,959 milhões do ex-secretário estadual adjunto de Fazenda, André Luiz Cance, e de R$ 1,916 milhão do empresário Antônio Celso Cortez.
Sócrates acatou o pedido do Ministério Público Federal e ainda determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de seis empresas. O advogado Félix Jayme Nunes da Cunha, acusado de ocultar bens e ex-sócio de André Puccinelli Júnior, é dono de três empresas atingidas pela decisão: Agropecuária Água Viva Ltda; DFX Empreendimentos, Assessoria, Consultoria e Participações; e Roncatti e Nunes da Cunha Advogados Associados.
A outra é a Fábio Leandro Advogados, do ex-procurador geral do município na gestão de Gilmar Olarte, Fábio Casto Leandro. Ele é filho do desembargador Paschoal Carmello Leandro, eleito para assumir a presidência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul no biênio 2019-2020.
Completa a lista a empresa Zetta Consultoria Tributária.
O magistrado determinou ainda a devassa nas contas bancárias e declarações fiscais de Baird, Cortez, Félix Jayme Nunes da Cunha, Romilton Oliveira, Luiz Fernando de Barros Fontelan (suposto laranja), Fábio Portela Machinsky, Emerson Rufino (dono do Supermercado Novo Rumo, em Paranhos), Fábio Leandro, Rosimeire Aparecida Lima, Ricardo Fernandes de Araújo (que assumiu as empresas Itel e Mil Tec) e Andrei Meneses Lorenzetto (filho do ex-secretário estadual de Fazenda na gestão de André, Mário Sérgio Lorenzetto).
Esta é a sexta fase da Operação Lama Asfáltica, que teria comprovado desvio de R$ 432 milhões dos cofres públicos.
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