O primeiro secretário da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Roberto Teixeira, o Zé Teixeira (DEM), teve sorte em não ter a prisão temporária prorrogada na Operação Vostok. Nesta segunda-feira, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, não considerou ilegal a prisão e negou a concessão de habeas corpus.
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No entanto, o democrata deixou a prisão neste domingo, porque a prisão temporária não foi prorrogada nem convertida em preventiva pelo ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça.
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Acusado de integrar suposta organização criminosa, que causou prejuízo de R$ 209,7 milhões aos cofres estaduais em dois anos, Zé Teixeira foi preso pela Polícia Federal na quarta-feira. Ele teria emitido R$ 1,692 milhão em notas frias para esquentar o pagamento de propina pela JBS ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB),candidato à reeleição.
No sábado, conforme o sistema do STF, a defesa do deputado ingressou com habeas corpus. Para Fachin, que despachou nesta segunda-feira, não houve qualquer ilegalidade evidente na prisão temporária do democrata.
O ministro também não viu ilegalidade na prisão do ex-coordenador regional do Governo e pecuarista, Zelito Alves Ribeiro, que tinha solicitado a revogação da prisão na sexta-feira. Zelito é acusado de emitir R$ 1,758 milhão em notas frias.
Os 13 presos na quarta-feira na Operação Vostok deixaram a prisão no início da tarde de domingo, inclusive o advogado Rodrigo Souza e Silva, filho de Reinaldo.
Só faltou a prisão do corretor de gado José Ricardo Guitti Guímaro, o Polaco, que deve se apresentar ainda hoje em Brasília. O seu advogado José Roberto Rodrigues da Rosa não descarta ainda manter a proposta de delação premiada feita em abril deste ano.
Zé Teixeira emitiu duas notas para negar os crimes apontados na operação. Ele destacou que houve a venda de gado para o frigorífico e sempre se pautou pela retidão.
“Tenho a consciência tranquila e todos aqueles que me conhecem sabem que não iria manchar meus 78 anos de história com uma transação comercial envolvendo 600 bois. Já comprei e vendi milhares e milhares de cabeças de gado, sempre dentro da legalidade e recolhendo cada centavo de imposto, de forma que essa acusação é infundada”, afirmou, em nota publicada pelo jornal Midiamax.