Acusados de integrar o suposto esquema de corrupção liderada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), dois ex-prefeitos, um delator e pecuaristas estariam entre os 14 presos na Operação Vostok, da Polícia Federal. O Superior Tribunal de Justiça decretou as prisões com base na delação premiada da JBS, homologada em maio do ano passado pelo Supremo Tribunal Federal.
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O empresário Ivanido da Cunha Miranda é um dos presos na manhã desta quarta-feira. Operador financeiro da campanha de Reinaldo em 2014, ele foi delator na Operação Papiros de Lama, que levou à prisão do ex-governador André Puccinelli (MDB) em novembro do ano passado. As acusações do cervejeiro basearam duas denúncias feitas à Justiça contra o emedebista.
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O ex-prefeito de Dois Irmãos do Buriti e ex-deputado estadual Osvane Ramos, acusado de emitir R$ 847,6 mil em notas frias, também é alvo de mandado de prisão. Outro é o ex-prefeito de Porto Murtinho e ex-presidente da Fundação Estadual de Turismo, Nelson Cintra (PSDB), que emitiu R$ 333,2 mil em notas.
O dono da Fazenda Santa Mônica, Élvio Rodrigues, que conseguiu apoio do governador para desmatar 20 mil hectares no Pantanal, também foi preso por determinação do STJ. Conforme a delação da JBS, pecuarista emitiu R$ 9,1 milhões em notas para esquentar a propina paga ao tucano.
Além do filho do governador, Rodrigo Souza Silva, do deputado estadual Zé Teixeira (DEM) e do ex-secretário estadual de Fazenda, Márcio Monteiro, atual conselheiro do TCE, o STJ decretou a prisão temporária dos pecuaristas Francisco Carlos Freire de Oliveira (R$ 583,6 mil em notas), Miltro Rodrigues Pereira (R$ 1,032 milhão), Rubens Massahiro Matsuda (R$ 383,9 mil) e Zelito Alves Ribeiro (R$ 1,758 milhão).
O corretor de gado José Ricardo Guitti Guímaro, que se envolveu em escândalo ao cobrar propina de empresários em nome do ex-chefe da Casa Civil, Sérgio de Paula, também foi foi preso.
O empresário João Roberto Baird, o Bil Gates Pantaneiro, seria outro detido na operação.
O Jacaré confirmou que o empresário Ivanildo Miranda está na Policia Federal. O advogado Newlley Amarilla o acompanha, mas não deu mais detalhes sobre a sua condução.
Conforme nota da PF, a Operação Vostok apura esquema de corrupção que causou prejuízo de R$ 200 milhões aos cofres públicos.
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