Os senadores Pedro Chaves (PSC), Waldemir Moka e Simone Tebet, ambos do PMDB, votaram contra o afastamento de Aécio Neves (PSDB), um notório criminoso, e transformaram, junto com outros 43 colegas, o Senado Federal em refúgio de bandido. A casa alta do parlamento brasileiro contribui, nesta terça-feira, para afundar de vez com a imagem do Brasil no cenário internacional.
Flagrado defendendo pedindo propina de R$ 2 milhões ao JBS, a designação de uma pessoa que possa matá-la para evitar a delação, a obstrução da Operação Lava Jato e acusado de inúmeros crimes de corrupção, o senador mineiro foi afastado do mandato duas vezes pelo Supremo Tribunal Federal. Além disso, estava cumprindo medidas cautelares, como entregar o passaporte e ficar em casa à noite.
Aécio é a versão de Eduardo Cunha (PMDB) no Senado, que apesar de ser acusado de toda sorte de crime, continua poderoso em Brasilia, com influência no Senado, no Palácio do Planalto e até no Supremo, onde teve o voto favorável da presidente, a mineira Carmem Lúcia.
Nesta terça-feira, ele mostrou que domina os três senadores de Mato Grosso do Sul. Pedro Chaves, que herdou o mandato sem ter um único voto com a cassação do senador Delcídio do Amaral, contrariou o próprio partido para debochar da sociedade e votar contra o afastamento de Aécio. O PSC orientou a bancada a votar contra o tucano.
Moka e Simone se juntaram ao deboche do cidadão, que paga altos impostos para manter a corrupção em Brasília. Com os votos de hoje, a dupla peemedebista não pretendia salvar apenas Aécio, mas ajudar a livrar Michel Temer (PMDB), o primeiro presidente da República acusado de corrupção passiva, obstrução da Justiça e de chefiar uma organização criminosa.
Aliás, Simone, Moka e Chaves reeditam o trio de senadores do passado, que tinha o pai da senadora entre os integrantes, que foram chamados de três patetas pelo então governador Zeca do PT. Na ocasião, eles não defenderam os interesses do Estado em Brasília.
A partir de hoje, o Senado se transformou em refúgio de bandido. A casa alta do parlamento se transformou em bunker da impunidade.
Dos 46 senadores favoráveis a Aécio, 17 são acusados de integrar a organização criminosa para desviar recursos da Petrobras, identificada na Operação Lava Jato.
O ciclo da corrupção é mantido pelo cidadão que aplaudir ou votar nos três senadores de Mato Gross do Sul nas próximas eleições.
Eles não foram eleitos por extraterrestres, mas pelo eleitor de Mato Grosso do Sul.
Daqui um ano, se não conseguir uma vaga no Tribunal de Contas da União, Moka vai bater na sua porta para pedir o voto em busca da reeleição. Vai pedir o teu apoio para ter outra oportunidade de salvar gente do tipo de Aécio Neves.
Pedro Chaves também será obrigado a buscar o voto popular pela primeira vez.
A política brasileira só está neste nível porque este tipo de gente é seguido por muitos. Quando você encontrá-los ou um prefeito, vereador ou líder, que apoia os três senadores, diga para ele que você tem vergonha desta turma.
Dê o primeiro passo agora para mudar a situação do Brasil.
Segundo o FMI, além de desviar dinheiro da saúde, educação, segurança e assistência social, a corrupção deixa o brasileiro mais pobre. A renda do sul-mato-grossense poderia ser de R$ 40 mil sem corrupção. No entanto, nossa renda per capita é de R$ 30 mil, graças a atuação dos nossos três senadores.
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