O JacaréO Jacaré
    Facebook Instagram Twitter
    O Jacaré O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Home»Campo Grande»Coffee Break: dois anos de suspeitas, jogo de empurra e sigilo mantêm crimes impunes
    Campo Grande

    Coffee Break: dois anos de suspeitas, jogo de empurra e sigilo mantêm crimes impunes

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt22/08/20175 Mins Read
    Facebook Twitter WhatsApp Telegram Email LinkedIn Tumblr
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email

    COFFEE BREAK DOIS ANOS

    André e o sucessor Nelsinho Trad apoiram Edson Giroto, mas perderam para Alcides Bernal. Eles foram acusados de tramar a cassação do progressista. Ambos negam (Foto: Arquivo)

    Há dois anos, o Gaeco  (Grupo Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) desvendou um dos maiores escândalos na história recente de Campo Grande: políticos tradicionais e empresários, que perderam as regalias do poder, uniram-se para cassar o mandato do prefeito eleito pelo povo. A operação ficou conhecida como Coffee Break, que inclusive já levou a denúncia de 24 pessoas por improbidade administrativa.

    No entanto, na esfera criminal, o processo praticamente está parado e, pior, tramita em sigilo. Apesar de a ação penal ter sido protocolada pelo MPE (Ministério Público Estadual) em junho do ano passado, a Justiça ainda não analisou para decidir se aceita ou não a denúncia.

    Além do sigilo e da lentidão envolvendo o processo, o jogo de empurra entre o juiz de primeira de instância e o Tribunal de Justiça atrasou o julgamento do caso. Inicialmente, o processo tramitaria no TJ, porque o então prefeito, Gilmar Olarte tinha foro privilegiado.

    Orientado pelos advogados para sair das mãos do desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva, relator do processo por corrupção e lavagem de dinheiro, Olarte renunciou ao mandato. No entanto, o foro não evitou a sua condenação por estes crimes a oito anos e quatro meses de corrupção. No entanto, beneficiou os demais envolvidos na Coffee Break, que desceu para a primeira instância.

    No início deste ano, Paulo Siufi (PMDB) aceitou trocar a Câmara Municipal pela Assembleia Legislativa na vaga de Marquinhos Trad (PSD), que foi eleito prefeito. O processo parou em primeira instância e voltou para o Tribunal de Justiça porque o deputado tem foro privilegiado.

    Novo relator foi escolhido e o caso foi parar nas mãos do desembargador Júlio Roberto Siqueira, fato comemorado pela defesa dos envolvidos por “ser muito técnico”. O magistrado desmembrou o processo, ficou com o caso de Siufi e devolveu o processo para o Fórum de Campo Grande.

    Agora, a decisão de aceitar ou não a denúncia está a cargo do juiz da 6ª Vara Criminal, Márcio Alexandre Wust. Entre os acusados estão políticos e empresários poderosos e influentes, como o ex-governador André Puccinelli (PMDB), Olarte, o ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB), o presidente da Câmara Municipal, vereador João Rocha (PSDB), o empresário João Alberto Krampe Amorim, dono da Proteco, e João Roberto Baird, o Bill Gates Pantaneiro.

    Apesar de o caso ser de interesse da sociedade, tudo tramita em sigilo desde a apresentação da denúncia, em junho do ano passado. Nesta segunda-feira, o advogado Wilton Edgar Acosta pediu o fim do sigilo no processo e celeridade no julgamento.

    O Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul não tem sido bom exemplo para o País ao analisar as denúncias por corrupção. A velocidade fica a léguas de distância do juiz federal Sérgio Moro, que não tem economizado nas sentenças, apesar das “celebridades” políticas e bilionários envolvidos.

    Maior celeridade no caso seria benéfica até para os acusados, que planejam disputar as eleições de 2018 e correm risco de ir para a urna com a pecha de corrupto, porque parte da sociedade não perdoa a simples menção em escândalo de corrupção.

    Marcos Alex Vera, então chefe do Gaeco, comandou a Operação Coffee Break: nome foi usado porque a cafezinho era o termo usado para pagar propina

    Conforme o Gaeco, Olarte se aliou aos dirigentes do PMDB, que foram apeados do Paço Municipal após 20 anos ininterruptos, para dar o golpe em Bernal.

    A investigação apontou que houve compra de vereadores e negociação de secretarias. João Amorim lutava para que a prefeitura voltasse a efetuar os pagamentos da Solurb, comandada pelo genro, Luciano Dolzan, que foram reduzidos e até suspensos pelo progressista.

    Para o Gaeco, houve uma operação criminosa para afastar Bernal do cargo. Ele retornou para a prefeitura graças a liminar do Tribunal de Justiça, que acabou avalizando a investigação ao determinar a prisão de Olarte e condução coercitiva de vários vereadores.

    No entanto, desde que houve a troca de relator e o jogo de empurra sobre a competência, o processo ficou parado.

    Para Acosta, o sigilo não foi solicitado oficialmente por nenhuma das partes. É o segredo decretado pelo poder dos bastidores, exercido pela poderosa e experiente banca de advogados contratada pelos envolvidos no escândalo.

    Neste ritmo da Justiça, que não repetiu a mesma eficiência adotada em 2005 ao julgar o filho da desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, presidente do Tribunal Regional Eleitoral, vai deixar os crimes prescreverem. O filho da magistrada foi investigado, denunciado e condenado em seis dias.

    Parece que o interesse da população de Campo Grande não tem a mesma força que uma integrante do primeiro escalão do Poder Judiciário, apesar de ser a responsável pelos salários e manutenção dos nossos magistrados.

    alcides bernal André Puccinelli coffee break joão amorim nelsinho trad

    POSTS RELACIONADOS

    Pedidos de desbloqueio de R$ 43 milhões e terrenos no Damha de André vão ao STJ

    MS 09/06/20253 Mins Read

    Ação de R$ 369 mi: ex-prefeito e empresários se livram de mais um bloqueio por fraude no tapa-buracos

    MS 08/06/20253 Mins Read

    Após juiz marcar julgamento, TJ suspende ação contra Nelsinho por repasse de R$ 4,9 mi à RDM

    MS 05/06/20254 Mins Read

    Bolsonaro insiste em Gianni e pode complicar apoio a candidato a senador de Tereza Cristina

    MS 03/06/20252 Mins Read

    6 Comentários

    1. Pingback: Nelsinho paga R$ 50 mil em 24 vezes para se livrar de ação da Coffee Break; dono de jornal negou acordo - O Jacaré

    2. Pingback: Juiz marca julgamento por corrupção de André, Carlão, quatro vereadores e mais 11 - O Jacaré

    3. Pingback: Vereadores usaram CPI como chantagem para ter secretaria, cargos e mensalinho – O Jacaré

    4. Pingback: Coffee Break: André, Nelsinho, Olarte, 5 vereadores e mais 15 viram réus por corrupção – O Jacaré

    5. Pingback: STJ aceita denúncia contra ex-vice-prefeito e MPE tenta incluir mais seis na Coffee Break – O Jacaré

    6. Katia Monteiro on 23/08/2017 13:28

      Como assim vai decidir se vai aceitar ou não a denúncia? ???
      Pelo jeito a justiça é tão corrupta quanto.
      Espero que o povo fique esperto, para próxima eleição, seria a mesma coisa que desse poder para um assassino, que matou seu enti querido.
      Povo entenda a importância e a responsabilidade de voto.
      O povo brasileiro dar voto de confiança a bandidos!!!!

    Leave A Reply

    Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

    As Últimas

    Ao STF, Bolsonaro nega ter cogitado plano de golpe de Estado

    BR 10/06/20253 Mins Read

    Inflação oficial recua para 0,26% em maio deste ano, diz IBGE

    BR 10/06/20252 Mins Read

    Torres admite desconhecimento técnico sobre sistema eleitoral

    BR 10/06/20254 Mins Read

    CPI das Bets: Soraya pede indiciamento de influenciadoras e quer banir Jogo do Tigrinho

    MS 10/06/20254 Mins Read

    A verdade que você não lê por aí!

    Siga nossas redes:

    Facebook Twitter Instagram
    O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Categorias
    • AGRO
    • BR
    • Campo Grande
    • charge
    • JORNALISMO INVESTIGATIVO
    • Livro
    • MS
    • Mundo
    • Opinião
    • Seu Bolso
    © 2025 Todos os direitos reservados.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.